O Kama Sutra dos Sapos
Entre os anfíbios anuros, a fecundação é externa e precedida por uma postura nupcial conhecida como amplexo, na qual os machos agarram as fêmeas por trás de modo que suas cloacas fiquem bem próximas e a fecundação ocorram na medida em que os ovos vão sendo liberados. Até então, eram conhecidos apenas dois tipos de amplexo, o inguinal e o axilar. Porém, na realidade, existem sete posições diferentes de amplexos, algumas tão insólitas que parecem que foram inspiradas no Kama Sutra, um texto indiano do século 4 que trata do comportamento sexual humano. Fonte da imagem: UNSW
Nos anuros, ordem na qual estão classificados anfíbios como sapos, rãs e pererecas, a fecundação é externa, isto é ocorre fora do corpo da fêmea imediatamente após os ovos serem expelidos. Os machos colocam-se em contato direto com as fêmeas agarrando-as em posição que as cloacas de ambos fiquem bem próximas. Esta posição é chamada de amplexo, o qual corresponde a uma forma de pseudocópula no qual um anuro macho se coloca no dorso de uma fêmea, agarrando-a com as suas patas, enquanto esta faz a postura dos ovos. Concomitantemente, o macho vai fertilizando os ovos com o fluido que contém os espermatozóides.
Até muito recentemente, eram conhecido apenas dois tipos principais de amplexos: o inguinal e axilar.
No amplexo inguinal o macho agarra a fêmea apenas pela cintura, e durante a postura ele coloca sua cloaca próxima a da fêmea. No amplexo axilar o macho segura a fêmea pelas axilas. Nesta posição suas cloacas permanecem em contato direto não necessitando de nenhuma manobra na hora da postura.
Porém , segundo postagem no Twitter da conta El Sapón, na realidade, existem sete posições diferentes de amplexos, algumas tão insólitas que parecem que foram inspiradas no Kama Sutra, um texto indiano do século quatro que trata do comportamento sexual humano, o qual retrata 529 posições sexuais. As sete posições são denominadas da seguinte maneira: as já conhecidas inguinal e axilar, mais a cefálica, a grudada (glued), a head straddle, a dorsal straddle e a independente (ver gravura acima).
Dependendo da espécie, o amplexo ( também chamado de amplexo ou abraço nupcial) pode durar horas, ou até dias. A fêmea secreta um muco de aspecto esbranquiçado, que ambos transformam em espuma batendo-o com os membros traseiros. Então, finalmente, os ovúlos são depositados em grande número nesta secreção, também conhecida como ninho de espuma (foam nesting) e o macho libera os espermatozoides em cima dos óvulos, fecundando-os.
Na reprodução dos anfíbios a comunicação é um ato importante e necessário entre eles, pois é com ela que eles vão trocar informações importantes para que a cópula ocorra. Na grande maioria das espécies de anuros, a fêmea é atraída pela vocalização do macho, cabendo a ela a escolha do parceiro.
É possível reconhecer que os machos possuem diferentes vocalizações durante sua época reprodutiva, como por exemplo, o canto de anúncio emitido geralmente por machos para atrair as fêmeas e também avisar a outros machos da ocupação do local; há, também, o canto de corte que é usado a pequenas distâncias entre os anfíbios, considerado uma prévia do amplexo nupcial, esse canto estimula e orienta a fêmea para que ela chegue até o macho.
O canto de soltura ocorre quando o macho “abraça” outro macho por engano (epa!), ou quando uma fêmea é tocada e ela não está madura sexualmente para a realização do amplexo.
Na maioria dos anuros, o macho deposita o esperma à medida em que os ovos sofrem postura, externamente. No entanto, existem gêneros típicos da América do Norte que são capazes de realizar a fecundação interna transferindo o sêmen direto para dentro da cloaca da fêmea por meio de um pequeno apêndice.
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