5 Verdades Sobre a Variante Ômicron


1- A ômicron é mais transmissível que as outras variantes anteriores;
2- A ômicron não provoca uma forma mais branda de Covid;
                          3- A dose de reforço é necessária para prevenir a infecção pela ômicron;
4- O risco de reinfecção com ômicron é provavelmente de 5,4 vezes maior do que com a delta;
5- Já existe uma subvariante da ômicron mais contagiosa circulando na Europa


Desde que foi detectada em Botsuana e na África do Sul e reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 24 de novembro, a variante ômicron vem se espalhando pelo mundo a um ritmo vertiginoso. Em sua última contagem, a OMS apontou que 128 países já confirmaram casos da ômicron. A cepa já se tornou dominante na África do Sul, no Reino Unido, na França e nos EUA, entre outros países. No Brasil, segundo um levantamento feito com base em testes de RT-PCR, a variante ômicron prevaleceu em 98,7% das amostras analisadas. Ainda não se sabe muito sobre essa nova cepa do vírus SARS-COV-2, mas algumas conclusões já podem ser tiradas com bases em estudos sérios realizados ao redor do mundo. Vejamos 5 delas.

1- A ômicron é mais transmissível que as outras variantes anteriores;

O portal Covid Vaccine Hub indica que é difícil estimar o quão transmissível a ômicron é comparado a outras variantes, mas que algumas estimativas da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido sugerem que ela pode ser entre duas e mais de três vezes mais contagiosa que a delta.
Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) dizem que "é provável" que a ômicron se propague mais facilmente do que o SARS-CoV-2, vírus original causador da covid-19, mas que "ainda não se sabe" quão fácil se espalha em comparação com a delta. Os CDC destacam que qualquer pessoa infectada com ômicron pode espalhar o vírus, mesmo que esteja vacinada ou não apresente sintomas.

2- A ômicron não provoca uma forma mais branda de Covid;

Alguns indicadores, no entanto, sugerem que em certos casos a ômicron pode causar sintomas mais leves, mas ainda pode provocar hospitalização e morte, sobretudo em pessoas que não estão vacinadas.
Naqueles que estão completamente vacinados e com doses de reforço, os sintomas tendem a ser leves. Por outro lado, se a pessoa não é vacinada, os sintomas podem ser bastante graves e levar à hospitalização ou até à morte.
"Embora a ômicron pareça ser menos grave em comparação com a delta, especialmente entre os vacinados, isso não significa que ela deva ser classificada como branda", advertiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, no início de janeiro. "Assim como as variantes anteriores, a ômicron está hospitalizando e matando pessoas."

3- A dose de reforço é necessária para prevenir a infecção pela ômicron;

Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e da Universidade de Harvard, nos EUA, publicado em 7 de janeiro, indica que duas doses da vacina Pfizer ou Moderna "não produzem anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar a variante ômicron", mas que "uma dose de reforço melhora drasticamente a proteção" contra a mesma.
Andrew Lee, professor de saúde pública da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, afirma que os dados mostram que duas doses da Pfizer ou AstraZeneca oferecem proteção limitada contra a ômicron, mas que esta proteção é rapidamente restaurada com uma dose de reforço.
É normal que algumas pessoas imunizadas peguem ômicron, uma vez que as vacinas não são concebidas para impedir a infecção, mas para reduzir as chances de alguém que foi infectado desenvolver uma forma grave da doença ou morrer.

4- O risco de reinfecção com ômicron é provavelmente de 5,4 vezes maior do que com a delta;

Um relatório da Universidade Imperial College London, no Reino Unido, de 17 de dezembro, que ainda está sob processo de revisão, mostra que a ômicron tem uma grande capacidade de se esquivar da imunidade adquirida de uma infecção anterior.
A proteção contra a reinfecção por ômicron fornecida por uma infecção passada pode ser tão baixa quanto 19%, sugere o estudo.
Em relação às vacinas, o médico Gregory Poland, diretor do Grupo de Pesquisa de Vacinas da Clínica Mayo, nos EUA, indica que a proteção que elas oferecem contra a ômicron vai diminuindo com o tempo.
"Se você tomar duas doses da vacina, após pelo menos três meses sua proteção contra infecção ou hospitalização cai para cerca de 30% a 40%", diz Poland no site da Clínica Mayo.
Segundo ele, com a dose de reforço a imunidade pode chegar a ficar entre 75% e 80%.

5- Já existe uma subvariante da ômicron mais contagiosa circulando na Europa

No começo de dezembro, poucos dias após a identificação da variante Ômicron, descobriu-se que ela tinha duas subvariantes: a BA.1, responsável pela grande maioria dos casos, e a BA.2, bem mais rara. A BA.2 tem mutações diferentes da Ômicron original e cresce rapidamente na Inglaterra, onde seu percentual tem dobrado a cada quatro dias, e na Dinamarca – onde já responde por 45% dos casos de Covid; dados preliminares indicam que nova cepa não é mais agressiva, mas pode ser mais contagiosa.
É normal que as variantes do coronavírus tenham sublinhagens. Elas não são necessariamente preocupantes. Mas a ascensão da BA.2 na Dinamarca acende um sinal de alerta.
Para saber mais , clique nos links acima












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