E o Prêmio IgNobel Vai Para...


Criado em 1991 pela revista humorística Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável), o prêmio  IgNobel, uma paródia bem-humorada do Nobel, nasceu da ideia de celebrar as pesquisas científicas mais inusitadas, excêntricas e, por vezes, até mesmo hilárias.  Ao celebrar pesquisas que, à primeira vista, parecem absurdas, o IgNobel nos lembra que a ciência é uma atividade humana e, como tal, está sujeita a todas as nossas peculiaridades e contradições. Ao satirizar a ciência, o IgNobel também serve como uma crítica ao excesso de seriedade e formalismo que, por vezes, dominam o mundo acadêmico. A cerimônia de entrega ocorre anualmente na Universidade de Harvard e temos até pesquisadores brasileiros entre os contemplados.




O Prêmio IgNobel, uma paródia bem-humorada do Nobel, nasceu da ideia de celebrar as pesquisas científicas mais inusitadas, excêntricas e, por vezes, até mesmo hilárias. Criado pela revista humorística Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável), o prêmio tem como objetivo principal "fazer as pessoas rirem e depois pensar". O Prêmio IgNobel é uma celebração da diversidade e da criatividade da pesquisa científica. Ao premiar estudos inusitados e divertidos, o IgNobel nos lembra que a ciência não é apenas um conjunto de fatos e teorias, mas também uma aventura humana repleta de surpresas e descobertas. O nome da honraria é um trocadilho em inglês com o Prêmio Nobel. “Ig Nobel” pode ser lido como “ignóbil”, que significa algo que não é “nobre”. Portanto, o apelido sugere uma premiação para pesquisas que, embora não sejam “nobres” ou tradicionais, são curiosas por sí só.
A primeira cerimônia do IgNobel aconteceu em 1991, na Universidade de Harvard. Desde então, a premiação tornou-se um evento anual, sempre aguardado com expectativa pela comunidade científica e pelo público em geral. A ideia de premiar pesquisas aparentemente "inúteis" pode parecer estranha à primeira vista, mas a intenção é justamente desafiar a noção de que a ciência precisa ser sempre séria e convencional.
Segundo o modelo de linguagem Gemini, da Google, consultado em 12/01/2025, "o IgNobel não tem a pretensão de desmerecer os prêmios Nobel ou a pesquisa científica de forma geral. Pelo contrário, a intenção é estimular a curiosidade, a criatividade e o pensamento crítico. Ao celebrar pesquisas que, à primeira vista, parecem absurdas, o IgNobel nos lembra que a ciência é uma atividade humana e, como tal, está sujeita a todas as nossas peculiaridades e contradições. Ao satirizar a ciência, o IgNobel também serve como uma crítica ao excesso de seriedade e formalismo que, por vezes, dominam o mundo acadêmico."
Uma comissão julgadora, composta por cientistas e humoristas, seleciona os vencedores em diversas categorias, como medicina, física, biologia, finanças, paz, etc. A cerimônia de premiação é realizada anualmente em Harvard, com a presença de alguns dos maiores cientistas do mundo, que têm a honra de entregar os prêmios aos vencedores.
Não existe uma lista rígida de critérios para se tornar um vencedor, mas algumas características comuns aos conquistadores do IgNobel são: originalidade, humor, relevância e impacto. As pesquisas premiadas geralmente abordam temas pouco convencionais ou utilizam métodos inusitados como, por exemplo, saber a quantidade de pelos na narina humana ou o motivo pelo qual os os paleontólogos lambem as pedras. O humor é um fator essencial; a pesquisa precisa ser capaz de gerar risos e despertar a curiosidade do público.
Tem até brasileiro entre os premiados. Em 2024,o biólogo brasileiro Felipe Yamashita ganhou o prêmio por sua pesquisa em que demonstrou que uma planta consegue imitar outra planta, mas de plástico, quando colocada próxima. Intrigado com os mecanismos por trás da mimetização, ele teve a ideia de colocar à prova uma hipótese controversa e, de certa forma, polêmica dentro da ciência: a de que as plantas, de alguma forma, podem enxergar o que há à sua volta. 
"Essa não é a primeira vez que brasileiros ganham o prêmio Ig Nobel. Em 2020, o biólogo brasileiro Marco Antonio Correa Varella, da USP, foi coautor de uma pesquisa que fazia a relação entre desigualdade social dos países e quantidade média de beijos na boca. Já em 2017, a dupla Fernanda Ito e Rodrigo Torres, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) venceu a categoria Nutrição com um trabalho que analisou o cardápio do morcego-vampiro-de-perna-peluda, por meio dos excrementos do animal; e Rodrigo Ferreira, da Universidade Federal de Lavras (MG), ganhou em Biologia por seu estudo que descobriu um pênis feminino e uma vagina masculina em um inseto que habita cavernas. Em 2008, Astolfo G. Mello Araújo, da USP, e José Carlos Marcelino, do Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo, foram reconhecidos na área de Arqueologia pelo trabalho "O papel dos tatus no movimento dos materiais arqueológicos".
Ainda na mesma edição de 2024, o prêmio reconheceu um estudo de 2021 que descobriu que alguns mamíferos podem, em situações de emergência, respirar pelo ânus. O estudo conduzido por pesquisadores japoneses ganhou o prêmio IgNobel de Fisiologia de 2024 foi publicado no periódico Med. Os cientistas conseguiram provar que alguns mamíferos como camundongos, ratos e porcos, podem, em situações de privação de oxigênio, podem absorver essa gás pela mucosa retal e transferi-lo para circulação sanguínea através dos intestinos.
Embora pareçam absurdas, as pesquisas premiadas geralmente possuem alguma relevância para a ciência ou para a sociedade em geral. Elas podem desafiar ideias preconcebidas, questionar métodos tradicionais ou simplesmente nos fazer pensar sobre o mundo de uma forma diferente. Outra coisa: as pesquisas premiadas não precisam necessariamente ter um grande impacto prático, mas elas devem ser capazes de gerar debates e estimular novas pesquisas.
Para saber mais, clique nos links acima e acesse as principais fontes que inspiraram essa postagem 

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