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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

"Chô, Chô! Passarinho!": Quando a Geopolítica Interferiu no Trabalho de um Cientista

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Preso em 1942 pela política do Estado Novo de Vargas, o ornitólogo alemão Helmut Sick (1910-1991) passou o seu tempo no cárcere se dedicando aos estudos de ciências naturais. Na prisão, Sick descreveu 11 espécies novas de cupins e, da sua cela mesmo ou do pátio durante os banhos de sol, conseguiu reunir informações suficientes para depois publicar dois trabalhos científicos: um  sobre o andorinhão-estofador ( Panyptila cayennensis ) e outro sobre o chupim ( Molothrus bonariensis ). Atualmente, os trabalhos de Sick são as principais referências para os estudos da ornitologia brasileira. Em 1939, aos 29 anos, dois após concluir seu doutorado sobre a “estrutura funcional da pena das aves”, o zoólogo alemão Heinrich Maximilian Friedrich Helmut Sick (1910-1991) desembarcou no Rio de Janeiro, como assistente do ornitólogo Adolf Schneider numa expedição do Museu de História Natural da Universidade de Berlim . As boas relações que o Brasil mantinha com a Alemanha antes do estopim da

Projeto Viroma Global

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Representado pela Fiocruz, Brasil participa do Projeto Viroma Global (PVG), uma iniciativa internacional que propõe  identificar e caracterizar os vírus com potencial de risco, gerando conhecimento que possibilite prever as próximas epidemias e mitigar seus danos.  Estudos recentes estimam que o mundo conhece apenas 1% dos vírus que podem causar doenças. Mudanças demográficas e ambientais, além do mercado global e trânsito internacional de pessoas, contribuem para o aumento e propagação de vírus novos e reemergentes, como HIV, ebola, Mers, síndrome respiratória aguda grave (SARS), dengue, chikungunya, zika etc. Com o objetivo de identificar e caracterizar os vírus com potencial de risco, gerando conhecimento que possibilite prever as próximas epidemias e mitigar seus danos foi lançado este o ano o Projeto Viroma Global (PVG) , uma iniciativa internacional que propõe uma estratégia absolutamente diversa da que tem sido adotada ao combate dos riscos virais. O PVG se baseia na e

Formigas Socorristas

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Um estudo recente revelou que formigas africanas matabele (Megaponera analis) socorrem as companheiras feridas nas operações de caça a cupins e cuidam delas até que recuperem totalmente a saúde. Após resgatar as companheiras feridas em combate e levá-las para a colônia, as formigas atuam como equipes médicas, reunindo-se em torno das pacientes para lamber seus ferimentos de forma "intensa." Sem esse atendimento eficiente, cerca de 80% das formigas feridas morreriam. Depois de receber esse tratamento "médico", apenas 10% sucumbem aos seus ferimentos . Um vídeo interessante divulgado pela agência Europa Press mostra formigas africanas Matabele ( Megaponera analis ) tratando as feridas de suas companheiras-soldados feridas após confrontos com várias espécies de cupins. A forma de tratamento é bem peculiar: as formigas "médicas" lambem os ferimentos das outras companheiras feridas como fazem os cães. Sem esse atendimento eficiente, cerca de 80%