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Mostrando postagens de setembro, 2020

"A Ameba Comedora de Cérebro" Ataca Outra Vez

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A ameba de vida livre Naegleria fowleri , que ganhou da imprensa o apelido de "ameba comedora de cérebro" voltou a fazer vítimas nos EUA. Esse protozoário causa uma doença em humanos conhecida como Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), que destrói o tecido nervoso do nosso cérebro. A doença é rara, mas fatal: de acordo com o CDC, 145 pessoas foram infectadas de 1962 a 2018 e apenas quatro sobreviveram. Recentemente, moradores de oito cidades do sudeste do Texas foram alertados pelas autoridades sanitárias para não utilizarem a água que abastece essas localidades devido à presença de Naegleria fowleri . Embora o número de vítimas de Naegleria seja melhor contabilizado nos EUA, a doença causada pela ameba faz vítimas no mundo todo. As infecções ocorrem com mais frequência pelo contato direto do hospedeiro com o protozoário, através da entrada de água contaminada nas vias nasais, em atividades físicas ou mesmo no lazer, como nadar ou mergulhar. (Fonte da Imagem: CDC) O tít

Ai, Minha Glândula Pineal!

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Reparei que, em determinados lugares, o aferidor não aponta mais o termômetro para a testa do cliente e sim para alguma região do braço. Essa mudança não é aleatória e foi introduzida a partir da veiculação nas redes sociais de que apontar um termômetro que emite radiação infravermelha para a testa de uma pessoa pode causar sérios danos cerebrais, mais precisamente aqueles relacionados com o funcionamento da glândula pineal. Essa informação é falsa. O s termômetros usados para medir a temperatura do corpo humano e detectar febre à distância, são equipados com algoritmos que permitem converter a temperatura estimada da superfície da pele numa estimativa da temperatura interna do corpo.  Alguns desses equipamentos têm miras laser, mas elas não são parte do processo de leitura, nem o laser tem potência suficiente para penetrar a pele ou causar efeitos no cérebro ou outros órgãos. No cotidiano temos percebido que a pseudociência tem contribuído mais para as mudanças de comportamento social

Cura nas Alturas: A FAB e os "Voos de Coqueluche"

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Devido à precariedade dos tratamentos, na primeira metade do século XX a solução mais adotada no combate à coqueluche era realizar um voo em grandes altitudes. Esses voos eram considerados um tratamento alternativo para a doença, uma vez que, na época, acreditava-se que submetendo os portadores da coqueluche ao excesso de velocidade e de vento proporcionados pelas aeronaves, bem como à mudança de pressão atmosférica no avião era capaz de amenizar e até curar os sintomas da enfermidade, pois criava-se condições desfavoráveis à bactéria causadora. Desde o ano da sua criação em 1941, A FAB ( Força Aérea Brasileira) levava gratuitamente pacientes a bordo de suas aeronaves no que ficou historicamente conhecido como "voos de coqueluche". Nessa foto do Arquivo Histórico Nacional, pode-se observar a aeronave Douglas C-47 FAB 2062 num destes voos em prol da saúde. Observem as mães, as crianças e a tripulação impecavelmente vestidas para essa ocasião. Segundo alguns historiadores, os