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Mostrando postagens de março, 2016

A Evolução da Espécie e as Doenças do Homem Moderno

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 Estudos a respeito da biologia evolutiva da espécie humana tem sido muito importantes para se compreender a origem das principais doenças que acometem o homem moderno. Muitas das doenças comuns de hoje e que não afetavam tanto nossos antepassados – como as doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e Alzheimer – podem ter relação com um descompasso entre a evolução do corpo humano e a evolução cultural. Até o risco de depressão está relacionado com esse processo evolutivo Quando se fala em evolução da espécie humana muita gente torce o nariz: " Lá vem de novo aquele papo de que o homem descende do macaco!" Provavelmente essa a primeira reação daquelas pessoas que não tem um certo conhecimento sobre a importância dos estudos evolutivos e procura refutar qualquer coisa relacionada ao tema. O que muita gente não sabe é que os estudos a respeito da biologia evolutiva da espécie humana tem sido muito importantes para se compreender a origem das principais doenças

Vírus Antigos Ocultos em Nosso DNA

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Cientistas dos EUA descobriram que temos mais vírus antigos escondidos em nosso DNA do que pensávamos.  Segundo os pesquisadores os retrovírus endógenos ( chamados de HERV-K) contribuem com mais de 8% do genoma humano e que a maioria deles perderam a sua função por acúmulo de mutações ou recombinações internas. Eles sugerem que a  expressão de tais pró-vírus ocorre em tecidos associados ao câncer e a doenças auto-imunes, e em indivíduos infectados pelo HIV com possíveis efeitos patogênicos. Cientista estadunidenses chegaram a conclusão de que temos mais vírus antigos escondidos em nosso DNA do que pensávamos. O chamado grupo HERV-K ( retrovírus endógenos humanos, da sigla em inglês para human endogenous retrovirus ) contém integrações polimórficas interseccionais quase intactas nos seres humanos, muitas das quais codificam proteínas virais . Segundo os autores da pesquisa, "os retrovírus endógenos contribuem com mais de 8% do genoma humano e que a maioria deles perdera

Farmacologia Ilustrada da Doença de Parkinson

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Desenhista apaixonado por temas da ciência médica e biológica publica vídeos no Youtube com aulas explicadas por meio de esquemas ilustrativos confeccionados por ele no momento da explicação. Na aula em questão, Armando Hasundungan discorre sobre os aspectos da farmacologia da doença de Parkinson. Pena que o vídeo é falado em inglês. Clique no vídeo para assistir. Mais uma aula criativa em vídeo de Armando Hasundungan. Desta vez o assunto é a farmacologia da doença de Parkinson . Para quem não conhece, apesar de possuir um canal no Youtube sobre grandes temas das ciências médicas e biológicas , Armando Hasudungan não é médico nem professor. Ele é apenas um estudante que curte arte e ciência. O cara desenha tão bem que resolveu fazer vídeos criativos com aulas sobre os mais diversos temas da ciência médica e biológica. Tudo ilustrado por desenhos que ele mesmo faz no momento em que está explicando a matéria. Em seus vídeos publicados no Youtube , é possível aprender de mane

Os Pardais da Europa Estão Desaparecendo

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As populações de pardais têm diminuído drasticamente em toda a Europa em decorrência  da poluição, da escassez de áreas verdes dentro dos espaço urbanos e do avanço das espécies exóticas invasoras. Além da dificuldade em encontrar alimentos dentro do ambiente das cidades, os pássaros ainda não encontram locais apropriados para fazer os seus ninhos, pois a arquitetura moderna não favorece a nidificação dessas aves. Especialistas advertem: a população de pardal comum na Europa diminuiu 63% em apenas 30 anos. O Reino Unido perdeu 10 milhões desses pássaros entre 1970 e 1980 e em grandes cidades como Londres os pardais praticamente desapareceram. Este declínio é uma resposta às agressões ambientais como a poluição, a falta de áreas verdes e a invasão de espécies exóticas . No meio rural, o declínio é menor e está associado à  intensificação da agricultura, ao uso indevido de pesticidas ou ao despovoamento generalizado. No caso da Espanha , a percentagem é muito menor: 6

Por Que Só Curamos o Câncer em Ratos?

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Por que a ciência consegue curar apenas o câncer em ratos, mas não obtêm os mesmos resultados em seres humanos? Embora ratos e humanos tenham quase o mesmo número de genes (temos apenas 300 a mais) sabemos que simplesmente transferir o resultados dos ratos a humanos não é viável. Saiba por que. A química pesquisadora Dra. Roberta Drekener procurou responder essa pergunta em sua matéria publicada em 2 de dezembro de 2015 no Blog de Ciência da Unicamp . Em um texto leve e de fácil compreensão, a autora explica porque a ciência consegue excelentes resultados no combate ao câncer em ratos, mas não se obtêm os mesmos resultados com os seres humanos. "Embora ratos e humanos tenham quase o mesmo número de genes (temos apenas 300 a mais) sabemos que simplesmente transferir o resultados dos ratos a humanos não é viável", esclarece Drekener. "Em partes devido a nosso metabolismo ser mais diferente, em partes pelo tipo de câncer com o qual o animal foi contaminado. Sim, c

O Amor Vicia

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Vários estudos confirmam que o amor age como uma droga em nosso cérebro, estimulando a produção de dopamina, substância ligada ao sistema de recompensa, que libera sensação de prazer. Quando tudo vai bem, o amor romântico é um vício maravilhoso, dizem os neurofisiologistas, mas quando as coisas não dão certo, os rejeitados passam a agir como viciados em processo de desintoxicação, o que pode ser prejudicial Cientistas estadunidenses da Universidade de Syracuse já sabiam disso: o amor age em nosso cérebro com se fosse uma droga. Depois de analisar uma vasta literatura sobre o assunto, eles concluíram que o amor vicia tanto quanto cocaína porque estimula a produção de dopamina , substância ligada ao sistema de recompensa, que libera sensação de prazer, fazendo com que a pessoa fique viciada. Na realidade, quando uma pessoa se diz apaixonada, o seu cérebro já ativou 12 áreas diferentes e liberou 4 substâncias químicas nos primeiros segundos que antecederam a atração: dopamin

Assim Caminha a Obesidade

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Sob uma perspectiva evolutiva, a obesidade é uma condição nova na história da humanidade. Segundo os pesquisadores do assunto,  os genes favorecedores de avidez, acúmulo, armazenamento e economia de energia devem ter evoluído junto com o processo de hominização.  Assim, os genes associados a obesidade, diabete e hipertensão devem ter sido adaptativo no passado remoto da espécie, mas hoje, com as mudanças ambientais, socioculturais e industriais, representam uma ameaça à saúde do ser humano. Um excelente texto de Henrique Rufo publicado na Evolution Academy me fez retomar o tema da obesidade aqui no blogue. Sob o título " A obesidade sob uma perspectiva evolucionista" com referência ao livro Evolução do Cérebro – Sistema Nervoso, Psicologia e Psicopatologia Sob a Perspectiva Evolucionista de Paulo Dalgalarrondo , o autor aborda a questão do acúmulo de peso na espécie humana como um fenômeno de proporções epidêmicas associado à uma condição nova na história da humanid

A Genética do Cabelo Grisalho

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O aspecto do cabelo, da barba e das sobrancelhas depende de fatores genéticos que até então não estavam bem definidos. Agora, a análise do genoma de 6.000 pessoas da América Latina, com uma rica diversidade genética, permitiu identificar dez variações em seu DNA que influenciam na forma, densidade e cor dos fios. Assim, os cientistas encontraram o primeiro gene associado com o embranquecimento dos cabelos Uma equipe internacional de cientistas, com a participação da Universidade de Oviedo (Espanha) , descobriu dez variantes genéticas que influenciam na aparência do cabelo humano. O estudo, publicado pela Nature Communications , realizou a análise de uma amostra de 6.357 voluntários de cinco países da América do Sul (Brasil, Colômbia, Chile, México e Peru) com diferente composição genética ancestral – européia (48%), nativos americanos (46%) e africana (6%). O objetivo da pesquisa foi identificar genes associados com os cabelos grisalhos, a cor, a densidade e a forma do ca