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Mostrando postagens de maio, 2020

Cloroquina - O Início

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No centro da polêmica em meio a pandemia de Covid-19, a substância cloroquina tem uma história muito curiosa que se iniciou no século XVII. O medicamento, que antigamente era chamado simplesmente de "quina" era extraído da casca de uma árvore típica da América do Sul chamada Chinchona, foi muito importante no combate á malária na Europa. Para quebrar o monopólio de produção de quinina da América do Sul, várias pesquisas se intensificaram a partir da década de 1940 com o objetivo de sintetizar substâncias que fizessem o mesmo efeito. Em 1946, enfim, surgiu a cloroquina, um derivado da quinina, mas com cloro (por isso o nome), desde então usado como antimalárico, antirreumático, antiamebiano e no tratamento de lúpus. A cloroquina não sai dos noticiários. Principalmente depois que o presidente Jair Bolsonaro rejeitou as medidas de distanciamento social e promoveu fortemente o medicamento antimalárico como tratamento para o coronavírus, apesar da falta de evidências

A Ciência Que Cabe Dentro De Um Abraço

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Por conta do isolamento social adotado como medida para conter a pandemia de Covid-19, as pessoas não estão podendo se abraçar ou trocar afetos presencialmente. Essa necessidade típica do ser humano é algo evolutivo. Um abraço afetuoso libera ocitocina, um neurotransmissor que age no cérebro influenciando as interações sociais e a reprodução. Somos seres sociais e o isolamento necessário diante da pandemia nos faz perceber mais fortemente a falta que faz o carinho em nossas vidas. Um abraço apertado é capaz de alterar o padrão de metilação (expressão) de nossos genes.   "O melhor lugar do mundo/É dentro de um abraço/Pro solitário ou pro carente/Dentro de um abraço é sempre quente/Tudo que a gente sofre/Num abraço se dissolve/Tudo que se espera ou sonha/Num abraço a gente encontra" , diz muito apropriadamente a letra da canção " Abraço " da banda mineira Jota Quest . Talvez a saudade daquele abraço forte seja uma das coisas mais difíceis de se lidar nesses