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Mostrando postagens de janeiro, 2014

O Boi e o Aquecimento Global

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Relatório indica que as emissões de gases efeito estufa da agropecuária cresceram 13% em dez anos. Flatulência e arroto dos animais liberam metano, um gás 25 vezes mais potente que o CO2 Não se deixe enganar pela aparência bucólica e pacata dos bovinos no pasto. Saiba que as emissões globais de gases do efeito estufa proveniente do setor agropecuário aumentaram 13% em dez anos. Apesar da agropecuária ter taxas inferiores na emissão de dióxido de carbono (CO2) quando comparada com outros setores produtivos, o setor é o grande responsável pela liberação de metano na atmosfera, um gás de efeito estufa com potencial de aquecimento 25 vezes maior que o CO2. O metano responde por metade da emissões de todo o agronegócio , que sozinho é responsável por 25% das emissões globais de gases do efeito estufa. A fermentação entérica - a digestão de materiais orgânicos pelos ruminantes - é a maior fonte dessa emissão, que é liberada pela flatulência e arrotos de animais, como vacas,

Europeu Pré-Histórico Tinha Pele Morena e Olhos Azuis

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Ilustração de como seria a aparência do homem mesolítico de 7 mil anos atrás, com base nas informações genéticas obtidas do seu DNA e morfológicas, obtidas do seu crânio fossilizado. Crédito: CSIC Segundo um  estudo genético  feito por pesquisadores com base no  DNA  extraído do dente de um  fóssil  descoberto nas cavernas da região de  La Braña , na  Espanha  (foto abaixo), o europeu ancestral tinha pele morena, cabelo castanho-escuro e olhos azuis. Além disso, o  homem caçador-coletor  que viveu 7 mil anos atrás no  sudoeste da Europa,  era intolerante a  lactose  e também não digeria muito bem amido; mas já tinha um  sistema imune  bem preparado para combater infecções.  Os cientistas sequenciaram o genoma do esqueleto mesolítico (período de 5 a 10 mil anos atrás) e o compararam com o genoma de europeus modernos, assim como o de outros fósseis, em busca de pistas genéticas sobre a aparência, a fisiologia e o estilo de vida dos seres humanos da época naquela região.

Efeito dos Agrotóxicos Sobre as Abelhas

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Pesquisadores paulistas investigam os efeitos dos agrotóxicos em abelhas. Um dos objetivos da pesquisa é fazer o mapeamento dos apiários em todo o território nacional Um terço de tudo que se come no mundo depende da polinização realizada pelas abelhas. É o que mostram dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) , que aponta as abelhas como agentes fundamentais na promoção da segurança alimentar e, de outro lado, destaca a preocupação com as evidências da diminuição da população desses polinizadores. Uma das causas dessa diminuição é o uso de pesticidas nas plantações. A influência dos defensivos agrícolas sobre as abelhas e o consequente impacto na produção de alimentos   é o foco das pesquisas da professora Roberta Cornélio Ferreira Nocelli, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Campus Araras. Um dos objetivos do trabalho é o mapeamento dos apiários em todo o território brasileiro , bem como das produções agrícolas próx

Solução de Trânsito Inspirada na Migração das Aves

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Pesquisadores criam um sistema "inteligente" de controle da rede de semáforos inspirada no movimentos de bandos de aves em migração  Pesquisadores de informática da Universidade de Málaga (Espanha) em colaboração com a Universidad Nacional del Sur (Argentina) criaram um sistema "inteligente" que permite controlar a rede de semáforos em uma cidade. Enquanto os demais estudos se concentram no controle de determinados semáforos localizados em áreas e horários específicos, o sistema criado pelos dos pesquisadores malaguenhos,  é o primeiro a controlar toda as luzes da rede de tráfego de uma cidade. Publicado na revista IEEE Transactions on Evolutionary Computation , o estudo traz uma inovação metodólogica: a técnica usada pelos pesquisadores , chamada de Particle Swarm Optimization (PSO) , foi inspirada nos movimentos de bandos de aves durante as suas migrações. Esses padrões de movimentos são transferidos para um modelo computacional poderoso, o qual

Crocodilo Extinto do Estado do RJ

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Cientistas descrevem réptil que viveu no Brasil há 56 milhões de anos. Espécie 'Sahitisuchus fluminensis' mede 2 m e foi encontrada na região de Itaboraí (RJ) . Cientistas brasileiros publicaram na revista ‘PLoS One’ no dia 15 de janeiro de 2014 um artigo sobre os registros fósseis de um réptil no Estado do Rio de Janeiro datados do período Paleoceno (56 milhões de anos). Os fósseis foram descobertos em 1984 na Bacia Calcária de São José do Itaboraí , mas só agora a espécie de dois metros de comprimento foi descrita. Seu nome científico é ‘Sahitisuchus fluminensis’ . O gênero vem da união de palavras de origem diferente. ‘Sahiti’ vem da língua xavante ‘sahi ti’ que significa ‘ser bravo’, nome atribuído aos guerreiros; ‘suchus’ vem do grego ‘soûkhos’ , nome de um deus egípcio com forma de crocodilo. Traduzindo-se, seria ‘crocodilo guerreiro’ . O epíteto específico ‘fluminensis’ vem da palavra ‘fluminense’ que é o gentílico de quem nasce no Estado do Rio de

Sobre a Forma dos Cromossomos

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Pesquisadores da UAB (Espanha) descobriram que a estrutura multilaminar da cromatina explica a capacidade de autorreparação dos cromossomos após estiramentos e dobramentos durante a divisão celular Em um artigo publicado no Journal of the Royal Society Interface , pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) encontraram a solução para uma questão fundamental da biologia estrutural : Por que os cromossomos metafásicos têm a sua forma característica de cilindros alongados? A solução proposta é consistente com a estrutura da cromatina metafásica e as propriedades nanomecânicas da cromatina e dos cromossomos. Esta é uma pesquisa feita na interface entre a biologia (o estudo da estrutura de ordem superior da cromatina) e a física (para a análise de estruturas supramoleculares e nanomateriais). "Esta abordagem vai além das capacidades de biologia estrutural atual com base em cristalografia de raios-X , permitindo o estudo de um grande complexo supramolecula

"Chuva" de Morcegos na Austrália

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Onda de calor provoca "chuva" de morcegos na Austrália. Quando a temperatura supera os 43º C, a maioria dos morcegos simplesmente caem das árvores, vivos ou mortos. Uma "chuva" de morcegos assustou moradores do estado de Queensland , na Austrália . Por causa de um onda de calor, cerca de 100 mil morcegos morreram. A Sociedade de Proteção dos Animais ( RSPCA , na sigla em inglês) da Austrália confirmou a morte dos animais. Segundo meteorologistas, a temperatura na região de Pilbara se aproximou dos 50 graus Celsius. Essas ondas de calor são uma catástrofe para todas as colônias de morcegos. Quando a temperatura supera os 43 graus Celsius, eles chegam a se unir e a urinar em si mesmos na tentativa de resfriar o corpo. Mesmo assim, a maioria simplesmente cai das árvores. A decomposição provoca mau cheiro no local. As autoridades de saúde da Austrália aconselharam a população a avisar os serviços de vida selvagem local para remover as carcaças de suas propri

Conceitos de Água Virtual e Pegada Hídrica

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O conceito de “água virtual” foi criado para explicar a quantidade de água empregada para produzir um produto em um determinado local, porém destinado para outra localidade,. O Brasil é hoje um dos maiores exportadores globais de "água virtual" . Em tudo que compramos, desde alimentos e peças de vestuário até aparelhos eletrônicos, existe um consumo de água que muitas vezes está “escondido” e pode não aparecer em sua embalagem, aparência ou conteúdo. Mas essa água virtual , por vezes empregada em um volume bem maior que o esperado, também deve ser considerada quando da escolha de consumir determinados produtos. Seu uso ocorre durante as etapas produtivas e pode ser desde a água da chuva necessária para um vegetal crescer até a água gasta nos processos de manuseio e industrialização do item. A porção de água virtual, mesmo “invisível”, muitas vezes é bem maior do que a parcela de água presente no produto final. Segundo dados da organização internacional Waterfootpri

Alzheimer: O Estudo Como Antídoto?

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Segundo pesquisadores brasileiros, a escolarização, mesmo pouco ou tardia, atua como um antídoto contra a doença de Alzheimer. Segundo os especialista, ao estudar são formados novas conexões entre os neurônios, aumentando a possibilidade de contornar lesões cerebrais Pesquisadores brasileiros provaram que doenças devastadoras como Alzheimer e outras demências ligadas ao envelhecimento podem ser contornadas com o acesso à educação. Eles observaram que pessoas com maior grau de escolaridade tinham menor risco de desenvolver sintomas clínicos, como a perda da memória, resultantes de lesões cerebrais. No estudo, realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo , foram analisados 675 cérebros de indivíduos que tinham mais de 50 anos. Paralelamente à análise, foram feitas entrevistas com parentes próximos destas pessoas. “Surpreendentemente, notamos que alguns indivíduos que tinham o cérebro tomado por lesões, o que levava a crer que se tratava de alguém doente, não

Ciência Ilustrada

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O biólogo e ilustrador português Pedro Salgado fala da importância da ilustração na divulgação científica e defende a incorporação das novas tecnologias digitais no processo de criação das imagens. Na foto: ilustração em aquarela de um polvo feita por Salgado Em entrevista à Ciência Hoje On-line (publicada em 08/01/2014) , o biólogo e renomado ilustrador científico português Pedro Salgado avaliou os desafios e perspectivas do campo e mostrou que, mesmo na era da tecnologia, a ilustração tem lugar garantido na ciência e na educação – e ainda pode se aproveitar muito dos recursos digitais.  Conforme informações da CH, Salgado é coordenador e docente do mestrado em ilustração científica do Instituto Superior de Educação e Ciências (Isec) , único dedicado à ilustração em Portugal. Em seus mais de 20 anos de experiência como ilustrador, teve uma série de ilustrações premiadas internacionalmente, é autor de cerca de uma centena de selos e foi um dos principais responsáveis por for

O Co-Autor da Teoria da Evolução

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O naturalista britânico Alfred Russel Wallace foi um importante colaborador na elaboração da Teoria de Evolução creditada unicamente a Charles Darwin A Teoria da Evolução não é integralmente de Charles Darwin. O que os livros de Biologia pouco a pouco estão fazendo é honrar a memória do naturalista britânico Alfred Russel Wallace ao dar-lhe crédito também a teoria mais importante da Biologia. Wallace foi um grande explorador viajante. Passou quatro anos no Brasil , entre 1848 e 1852, na região do Rio Negro. Na sua volta a Londres , sua embarcação pegou fogo e naufragou. Wallace perdeu sua vasta coleção de espécimes animais, principalmente coleópteros , e suas anotações. Durante sua expedição pelo arquipélago malaio (1854-1962) catalogou inúmeras espécies, dentre elas a famosa perereca-voadora. Lá também desenvolveu sua teoria sobre a transformação das espécies. Wallace enviava correspondências à Charles Darwin sobre suas ideias. Independentemente, Charles e Wallac

Abelhas Podem Matar

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Essenciais ao meio ambiente,as abelhas podem levar pessoas hipersensíveis à morte e causar graves alergias a muitos indivíduos numa única ferroada Imprescindíveis para a sustentabilidade do meio ambiente e a biodiversidade da flora, as abelhas podem ser fatais para pessoas hipersensíveis e causar graves alergias a muitos indivíduos numa única ferroada. De acordo com a Prof.ª Dra. Sandra Regina S. Sprovieri, coordenadora da disciplina de Emergências em Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo , as manifestações causadas pela picada podem ser de naturezas tóxicas e alérgicas. As reações tóxicas locais estão associadas à dor, inchaço e coloração avermelhada da pele. Em casos de múltiplas picadas, podem ocorrer manifestações sistêmicas , devido à grande quantidade de veneno inoculado. "Nesse caso, alguns dos sintomas são: prurido, calor generalizado, hipotensão, taquicardia, cefaleia , náuseas e/ou vômitos e cólicas abdominais. Em casos mais

Explique Sua Tese Para Sua Avó

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Os acadêmicos têm uma enorme dificuldade em explicar as suas dissertações, teses e publicações científicas para o público leigo sem ter que recorrer a jargões e termos técnicos "Você sempre fica nervoso quando algum parente te pergunta o que você está estudando no seu mestrado/doutorado (ou pós doutorado, iniciação científica)? Nunca fica satisfeito com as suas tentativas de explicar um assunto que você sabe que conhece com a ponta da língua? Infelizmente, essa não é uma habilidade treinada na academia e muitos cientistas apanham quando precisam explicar o que fazem para alguém que não seja formado na sua área de atuação." Para estimular essa habilidade, o Science Blogs Brasil bolou um concurso convidando qualquer pesquisador ou estudante, de graduação, mestrado, doutorado ou profissional a criar coragem e explicar o título do seu trabalho de uma maneira tão simples que a sua avó e o seu sobrinho de 10 anos conseguiriam entender. Comunicar assuntos científicos pa

Invertendo a Evolução?

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Biólogo acredita que é possível reconstruir o genoma dos dinossauros a partir da alteração do DNA das aves contemporâneas Um bioquímico britânico supõe que as propriedades genéticas das aves contemporâneas poderiam ser a chave para a volta dos dinossauros , que se extinguiram há 65 milhões de anos. Dr. Alison Woollard acredita que seria possível reconstruir o genoma de dinossauros alterado o DNA das aves. "Nós sabemos que as aves são descendentes diretos dos dinossauros, de acordo com o que foi demonstrado por uma série de achados fósseis compreendendo evolução da linhagem de criaturas como Velociraptor e Tyrannosaurus rex para as aves voadoras de hoje", disse Woollard, da Universidade de Oxford, citado pelo GMA News .  De acordo com o pesquisador, no filme Jurassic Park cientistas extraíram DNA de mosquitos preservados em âmbar durante milhões de anos. Esta abordagem é impossível na realidade, porque o DNA não pode sobreviver mais de 6,3 milhões de anos, de ac

Revistas de Alto Impacto Podem Fazer Mal à Ciência

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Artigo de ganhador do Nobel de Medicina de 2013 no The Guardian afirma que a cultura de supervalorização de certas revistas científicas de alto impacto pode ser prejudicial à ciência como um todo Em seu blog no jornal O Estado de São Paulo , Herton Escobar publicou uma matéria muito interessante no final de 2013, a qual fiz questão de reproduzir integralmente nas linhas seguintes. Sob o título de "Ganhador do Nobel adverte: revistas de alto impacto podem fazer mal à ciência", Escobar expõe o ponto de vista do bioquímico Randy Schekman , um dos ganhadores do prêmio Nobel de Medicina de 2013, sobre as publicações que saem nas revistas científicas consideradas de alto impacto como a Nature e a Science . Veja o que diz Escobar: " O ganhador do Prêmio Nobel adverte: Publicar em revistas de alto impacto pode fazer mal à saúde (da ciência). Esse é o alerta que poderia vir estampado na contracapa de revistas como Nature , Cell e Science , segundo o bioquímico Ra