Preconceito na Adoção de Crianças

Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que a questão racial na adoção de crianças no Brasil ainda é real.
Apesar de o cadastro de adoções revelar que a maioria dos casais (53%) não faz restrição à raça da criança, 37% ou 11.316 do total de 30.378 pretendentes só aceitam receber em seus lares crianças brancas, segundo o jornal O Globo. Ou seja, para esses, se houver uma criança disponível, mas com outra cor de pele, a adoção será descartada.
O número de pessoas que aceitam uma criança com outra raça é reduzido: 5,81% (1.764 candidatos) acolheriam um menor de pele parda, 1,91% (579) aceita uma criança de cor negra, 1% (304) considera a possibilidade de adotar uma criança amarela e 0,97% (296) aceita uma criança de traços indígenas.
A realidade entra em choque com o cadastro de crianças disponíveis para adoção: das 7.949 menores que esperam um lar, 50,57% (4.020) são de cor parda.
Para a juíza Andréa Pacha, o resultado é "estarrecedor". "Ainda é forte a fantasia de que a adoção deva obedecer a critérios da família biológica. Família é muito mais núcleo de afeto do que herança biológica", diz.

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