Cirurgia Íntima

A cirurgia íntima, embora seja rápida e simples, tem riscos e contraindicações como qualquer outra - pressão alta e obesidade, por exemplo, aumentam os riscos cirúrgicos.

Seja para se soltar mais na cama ou para poder usar uma roupa justa sem se sentir desconfortável, muitas mulheres estão recorrendo à cirurgia plástica para remodelar ou corrigir imperfeições na região pubiana.
As queixas femininas mais comuns dizem respeito ao tamanho dos pequenos ou grandes lábios vaginais, escurecimento da mucosa e muito volume do monte pubiano. O incômodo pode começar já na adolescência, época em que o carrossel hormonal deixa o humor mais instável e a autoestima na corda bamba. A cirurgia íntima pode ser feita desde que a jovem já tenha o corpo amadurecido. “São adolescentes que frequentemente não tiveram relações sexuais ainda e que têm muita vergonha de se expor no banheiro do clube ou diante do namorado”, diz Luiz Eduardo Abla, professor de cirurgia plástica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

As cirurgias nos pequenos e grandes lábios são chamadas de ninfoplastia ou labioplastia. “Os nomes vêm e vão de acordo com a moda, mas é basicamente uma plástica da vulva, feita para corrigir alguma coisa que incomoda na região”, diz o cirurgião plástico Milton Nahom. São geralmente feitas por cirurgiões plásticos, na área externa dos genitais. Outros procedimentos, que visam à reparação da funcionalidade da vagina, como a perinoplastia, que melhora a flacidez dos músculos do períneo, geralmente são feitos por cirurgiões obstetras ou ginecologistas.
O cirurgião plástico Alexandre Senra lembra que a cirurgia íntima, embora seja rápida e simples, tem riscos e contraindicações como qualquer outra - pressão alta e obesidade, por exemplo, aumentam os riscos cirúrgicos. “O primeiro passo é a avaliação e exames médicos. Estando tudo ok, é uma cirurgia de repercussão pequena, que dura cerca de 40 minutos, geralmente com anestesia local e sedação. Alguns médicos preferem usar anestesia peridural”, diz Senra. Cerca de 80% das pacientes de cirurgia íntima de Senra aproveitam para fazê-la quando vão fazer outra intervenção.
A recuperação é rápida. “Todos esses procedimentos são feitos em hospitais, ou clínicas com infraestrutura à disposição”, afirma Abla. A paciente volta para casa no mesmo dia e pode retornar a atividades regulares cerca de dois dias depois. É recomendado evitar atividades físicas intensas por cerca de duas a três semanas e relações sexuais por um mês.
É difícil definir a estética “normal” da vagina. Assim como outras partes do corpo de um indivíduo, o aspecto da região genital também varia. A necessidade de realizar a cirurgia tem muito mais a ver com o bem-estar psicológico da mulher do que com o formato dos lábios vaginais ou do tamanho do monte de Vênus. Quando o médico percebe que a paciente está buscando a solução de problemas no relacionamento ou “descontando” mágoas na cirurgia, é orientada a não fazê-la. “Queixas muito exageradas podem indicar outro problema, e o cirurgião precisa submeter a paciente a essa análise. Muitas vezes a paciente tem expectativas irreais, não pensa nas cicatrizes. Acontecem muitas desistências no meio do processo”, dizem os cirurgiões.
A primeira recomendação para quem decidiu pela cirurgia da intimidade é procurar um médico de confiança. Descubra se o profissional é especialista em sua área. “É importante você se sentir segura e confiar no médico e isto acontecerá por meio da consulta”, alerta o cirurgião plástico Sérgio Aluani.
Exames laboratoriais e clínicos, além de cardiológicos normais, precisam atestar que está tudo bem com a paciente. “Antes do procedimento também não se deve ingerir medicamentos com ácido acetil salicílico, bebidas alcoólicas ou fumar”, complementa Luciana Pepino.
Após a sedação e a anestesia local, é retirado o excesso de tecido, restaurando o aspecto natural e estético da região. A sutura é feita com fio absorvível, que cai espontaneamente dias depois e não deixa cicatriz aparente. A cirurgia dura em média uma hora. Terminada a cirurgia, a paciente fica em uma sala de recuperação do hospital por duas horas. Se tudo estiver em ordem, ela é alimentada e recebe alta.
Para os dias que se seguem, é necessário tomar antibióticos e analgésicos, além de pomada anestésica na região, que fica com hematomas. Nas primeiras 48 horas, compressas de gelo ajudam a diminuir o inchaço e duchas para a higiene devem ser feitas sempre que necessário. A mulher deve evitar calças, bermudas e shorts muito justos, banho de mar ou piscina por 21 dias – e nada de relações sexuais antes de 30 dias.  É normal também que o inchaço permaneça neste período.
Não é somente por estética que as mulheres buscam a ninfoplastia. O excesso de pele nos pequenos lábios provocam constrangimentos não só pelo tamanho, mas também pelo escurecimento mais aparente. A pessoa que não se sente bem esteticamente também pode ser afetada psicologicamente, e com isso tem a sua autoestima diminuída. Muitas apresentam ainda dores durante as relações sexuais, desconforto no uso de roupas apertadas, biquínis e calcinhas. Alguns exercícios físicos também incomodam, como andar de bicicleta. A sensibilidade e o prazer sexual é preservado, pois não há manipulação do clitóris”.
Quem quiser realizar a ninfoplastia vai precisar desembolsar algo em torno de R$ 3 a R$ 5 mil (valores pesquisados em agosto de 2009). Para saber sobre médicos aptos para a operação em sua cidade consulte o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Adaptado de matérias do Portal iG

Comentários

  1. Eu fiz essa cirurgia...acesse o blog: http://ninfoplastia.blogspot.com

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  2. gotaria de faze-la mais qual é o custo,a UBS faz?

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