Soluções High-Tech Que Fazem Bem ao Coração

Mais seguros e menos invasivos, procedimentos e tecnologias de vanguarda ajudam na identificação precoce de riscos e no tratamento de doenças coronárias

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano cerca de 17 milhões de pessoas perdem a vida em decorrência de doenças cardiovasculares. Desse total, 7,2 milhões das mortes se devem às doenças coronárias, provocadas, sobretudo, pelo acúmulo de placas de gordura e cálcio nas artérias. A obstrução parcial ou total do fluxo sangüíneo das artérias coronárias pode causar angina (dor no peito), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e até morte súbita. Mas a medicina tem revolucionado o diagnóstico e o tratamento dessas enfermidades com a incorporação de tecnologias e procedimentos mais eficientes, seguros e menos agressivos ao organismo.

Em relação ao diagnóstico, um dos recursos de última geração é o equipamento com sistema de detectores de semicondutores (CZT) para a realização de cintilografia de perfusão miocárdica, ou MIBI (sigla do radiofármaco mais usado no teste), o melhor exame para avaliar aspectos funcionais das alterações provocadas pelas obstruções das coronárias. Ele é capaz de diagnosticar isquemias (interrupção no suprimento de sangue) precocemente, com alta precisão. E o novo equipamento possibilita que o exame seja mais rápido, com doses menores de radiação, mais conforto ao paciente e maior qualidade de imagem.
Outra inovação é a angiotomografia das artérias coronárias com sistema de 320 fileiras de detectores. É o método mais sensível para identificar, de modo pouco invasivo, calcificações nas coronárias, mesmo em estágio inicial. No teste ergométrico, essas alterações só aparecem quando a obstrução chega a 70% - patamar que, em geral, já requer cirurgia ou angioplastia. Detectar a obstrução antes que ela chegue a esse ponto é fundamental para a adoção de tratamentos que evitem o agravamento. Um estudo feito em 2009 por especialistas alemães e publicado na Circulation, conceituada revista internacional em cardiologia, mostra que o exame tem um grau de precisão próximo a 100% na detecção do problema.
Os tratamentos também têm evoluído em uma velocidade nunca vista. Na angioplastia, técnica que usa um cateter para inflar um minúsculo balão e uma pequena tela de aço (stent) dentro da artéria obstruída, facilitando o fluxo de sangue, foram incorporados stents farmacológicos, que são mais eficazes pro liberar medicamentos aos poucos, evitando o entupimento das artérias. Isso aumentou significativamente a eficácia da intervenção, diminuindo a necessidade da cirurgia tradicional.
Outras das frentes de avanço são os procedimentos minimamente invasivos, incluisve com uso de robô. Com pequenas incisões, é possível tratar problemas complexos do coração. No Brasil essas técnicas já são adotadas para as doenças das artérias coronárias, válvulas, cardiopatias congênitas, tumores cardíacos e arritmias, proporcionando ao paciente uma recuperação mais rápida. dependendo de cada caso, o robô pode ser um grande aliado.
Agora a cardiologia caminha para explorar esses novos recursos conjuntamente, com adoção de terapias híbridas,que combinam técnicas cirúrgicas robóticas e angioplastia em um mesmo procedimento. Do diagnóstico ao tratamento, a medicina avança com inovações que fazem bem ao coração.

Da página do Hospital Albert Einstein (SP) 

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