Simulador Virtual de Parto



Software de computador combinado com MRI pode auxiliar médicos a marcar probabilidade de mães para o parto normal. Nas imagens vemos a cabeça fetal antes e depois de engajar-se na pelve materna


Software de computador recém-desenvolvido combinado com ressonância magnética funcional (MRI) auxilia médicos a avaliar melhor o potencial de uma mulher para um parto difícil. Resultados de um estudo com o novo programa foram apresentados no dia 29 de novembro de 2011 na reunião anual da Radiological Society of North America (RSNA).
Como o canal vaginal da mulher é curvo e não muito maior do que uma cabeça do feto, o bebê deve mover-se através do canal com uma sequência específica de manobras. Uma falha no processo, como a cabeça voltada para o lado errado na hora errada, pode resultar em distocia, dificuldades no trabalho de parto.
"A mecânica do canal vaginal humano torna o processo do parto muito complicado em comparação ao de outros mamíferos. Estamos simulando o parto por computador para identificar os possíveis problemas", diz o obstetra Olivier Ami, do Departamento de Radiologia do Antoine Béclères Hospital, Université Paris Sud, na França.
Usando o software, chamado PREDIBIRTH, Ami processou imagens de ressonância magnética de 24 mulheres grávidas. O resultado foi uma reconstrução tridimensional (3D) da pélvis e do feto, juntamente com 72 trajetórias possíveis da cabeça do bebê pelo canal vaginal. Com base nessas simulações, o programa marcou a probabilidade de cada mãe para o parto normal.
"Isso vai além da imagiologia simples. O software simula as propriedades de parto possíveis", diz Ami.
Para fins do estudo, os escores do PREDIBIRTH foram computados retrospectivamente e medidos contra os resultados do parto de 24 mulheres. Treze mulheres deram à luz normalmente. Estes partos foram classificados como altamente favoráveis pelo simulador. Três mulheres que deram à luz por cesariana eletiva, duas das quais tiveram bebês com excesso de peso, foram marcadas com alto risco de distocia.
Das cinco mulheres que fizeram cesarianas de emergência, duas envolviam anomalias do ritmo cardíaco e envolvidos foram marcadas como levemente favoráveis e favoráveis. Três envolveram trabalho obstruído, todas elas marcadas com alto risco de distocia. Três mulheres tiveram partos com extração a vácuo e tiveram escores levemente favoráveis marcados pelo simulador.
"Os resultados na previsão de distocia foram altamente precisos. As previsões de nossa simulação parecem representar uma melhoria significativa sobre a pelvimetria", disse Ami.
A pelvimetria, que mede a pélvis manualmente ou por imagem para determinar sua adequação ao parto, é comumente usada, mas não totalmente confiável, de acordo com Ami.
"Uma pelve pequena pode ser capaz de dar à luz sem problemas, e uma bacia grande pode precisar de ajuda mecânica durante o parto. Essa incerteza aumenta a taxa de cesarianas", disse ele.
Nos EUA, as cesarianas somam aproximadamente um terço de todos os partos. Na França, a taxa de problemas mecânicos é de 30%, dois terços dos quais são procedimentos de emergência.
"Uma cesariana de emergência tem uma taxa de morbidade e de mortalidade de 6 a 7 vezes maior do que uma cesariana planejada. Com este software virtual de parto, a maioria das cesarianas podem ser planejadas em vez de serem de emergência, e extrações instrumentais difíceis podem desaparecer em um futuro próximo" disse Ami.
Fonte: Isaude.net

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