A Importância do Amor Materno Para a Saúde

Pesquisa norte-americana sugere que cuidado das mães atenua efeitos que uma infância de baixo nível socioeconômico tem sobre a saúde das crianças em longo prazo

Pessoas que tiveram uma infância marcada pelo amor materno apresentam uma saúde melhor na vida adulta do que aquelas que não desenvolveram uma relação íntima com as mães. É o que sugere estudo de pesquisadores da Brandeis University, nos Estados Unidos.
Os resultados, publicados na revista Psychological Science, mostram que o amor e o cuidado das mães podem atenuar os efeitos que uma infância de baixo nível socioeconômico pode ter sobre a saúde das crianças.
Para o trabalho, a equipe avaliou mil adultos para medir a relação entre condições socioeconômicas pobres na infância e doenças como diabetes, pressão alta e ataque cardíaco na vida adulta.
Os pesquisadores mostraram que as tensões da infância podem deixar um resíduo biológico que aparece na meia-idade. No entanto, adultos que receberam o carinho das mães durante a infância apresentaram uma melhor saúde geral na meia-idade. "Talvez seja uma combinação de empatia, ensino de estratégias de enfrentamento e apoio. Queremos entender o que é que o carinho da mãe possui que permite à criança escapar às vulnerabilidades de estar sendo criada em baixas condições socioeconômicas e acabar mais saudável do que pessoas que passaram a infância em condições melhores" afirma a líder da pesquisa, Margie Lachman.
Segundo os investigadores, essas informações podem ser usadas para fortalecer os laços entre famílias vulneráveis, que estão em risco de não estarem bem no futuro. Lachman acredita que ensinando a essas famílias competências parentais para mostrar às crianças preocupação com seu bem-estar, como lidar com o estresse e como se envolver em comportamentos saudáveis, como boa alimentação e exercício físico, isso pode proteger as crianças de doenças no futuro.
Eles acreditam que podem ainda haver medidas a serem tomadas mais tarde na vida para reduzir o risco para pessoas que são vulneráveis a doenças.
"O fato de que podemos ver esses efeitos da infância em longo prazo na meia-idade é bastante dramático. No entanto, este estudo é apenas um pequeno pedaço do quebra-cabeça global. Quanto mais fatores modificáveis puderem ser identificados, mais provável de sermos capazes de intervir com sucesso para otimizar a saúde da população", conclui Lachman.

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