O Atlas Genético do Cérebro



Mapa genético mostra que o órgão não realiza tarefas de forma isolada e que não existem áreas específicas para funções específicas


Cérebro humano não é dividido por lados e não realiza tarefas de forma isolada. O órgão é inteiramente interligado, não existindo áreas específicas para funções específicas. A afirmação é de pesquisadores dos Estados Unidos que trabalham no desenvolvimento do primeiro atlas da superfície do cérebro humano com base em informações genéticas. O projeto é conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia e do VA San Diego Healthcare System, nos Estados Unidos.
O estudo revela que o córtex cerebral - folha de tecido neural que envolve o cérebro - é formado por divisões genéticas que diferem de outros mapas do órgão baseados na fisiologia e na função. O atlas genético fornece aos cientistas uma nova ferramenta para estudar e explicar como o cérebro funciona.
"Se pudermos entender as bases genéticas do cérebro, podemos ter uma idéia melhor de como ela se desenvolve e trabalha a informação, então podemos usar para, finalmente, melhorar tratamentos para doenças e agravos" , afirma o primeiro autor da pesquisa, Chi-Hua Chen.
O córtex cerebral humano - caracterizada por dobras distintivas e fissuras chamadas de sulcos - possui apenas de 0,08 a 0,16 centímetros de espessura, mas contém várias camadas de neurônios interconectados com papéis-chave na memória, atenção, linguagem, cognição e consciência.
Outros atlas realizaram o mapeamento do cérebro por citoarquitetura - diferenças de tecidos ou de função. O novo mapa é baseado inteiramente na informação genética derivada de ressonância magnética (MRI) de 406 gêmeos adultos que participam do Vietnam Era Twin Registry (VETSA) , estudo longitudinal em curso sobre envelhecimento cognitivo
As correlações genéticas entre diferentes pontos da superfície cortical do cérebro dos gêmeos sustentaram a hipótese de que a divisão genética do órgão não é caracterizada pelo mapeamento um-para-um verificado em divisões tradicionais do cérebro, que se baseiam em estrutura e função.
De acordo com a equipe de pesquisa, o atlas genético do cérebro pode ser especialmente útil para auxiliar cientistas na busca por variantes genéticas que podem estar associadas com uma determinada característica, condição ou doença.

Fonte: Universidade da Califórnia

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