Tirando os Pinguins De Uma Fria


Soldados do Corpo de Bombeiros resgataram mais de 40 pinguins da orla do Rio de Janeiro no período de 30 de junho a 3 de julho.   O público, no entanto, não sabe como tratar e a quem encaminhar os animais resgatados. Biólogo marinho dá as orientações.


Nos últimos dias várias notícias foram publicadas sobre resgate de pinguins no litoral do estado do Rio de Janeiro, tanto na areia quanto no mar. Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) têm nos visitado durante o inverno nos Estados costeiros, desde o Rio Grande do Sul até a Paraíba. O público, no entanto, não sabe como tratar e a quem encaminhar os animais resgatados.
O pinguim-de-magalhães é uma ave de médio porte, medindo 65 a 75 cm; 4,5 a 6 kg. Partes superiores, cabeça, pescoço e asas negras. A maior parte dos exemplares apresenta na cabeça uma faixa branca, que passa por cima das sobrancelhas, contorna as orelhas e se une anteriormente no pescoço; partes inferiores brancas com uma faixa negra e fina contornando o peito e a barriga anteriormente. Os olhos, bico e patas são negros. Sexos semelhantes. Imaturos não apresentam o desenho distinto no peito e variam muito na coloração.
Para orientar a população, o diretor do Instituto Ecológico Aqualung, o biólogo marinho Marcelo Szpilman, esclarece alguns pontos importantes caso você encontre um pinguim na praia. Veja o que ele diz:
"Mais um inverno com a presença acidental dos Pinguins-de-Magalhães em nossas praias. E mais uma vez, temos a recorrente discussão se devemos ou não resgatar e cuidar dessas simpáticas aves marinhas.
É sempre bom esclarecer que esse é um evento cíclico da natureza, no qual o homem não tem participação. Todos os anos, grandes bandos de pinguins saem do sul da América do Sul em direção norte para se alimentar de peixes, por dias ou semanas, e depois retornam. Eventualmente, em maior ou menor número, grupos de pinguins (maioria de jovens e inexperientes “marinheiros de primeira viagem”) se perdem do bando principal e são levados por correntes marinhas até o litoral brasileiro, do Rio Grande do Sul à Paraíba. Muitos não resistem à longa jornada e os sobreviventes costumam chegar desorientados, cansados e debilitados.
Em absoluto, como já li na mídia, existe a intenção dos pinguins em se estabelecer e criar colônias em terras tupiniquins. Sua presença por aqui se deve, única e exclusivamente, ao acaso da Natureza. Porém, diferente de outros eventos naturais, existe sim a possibilidade de interferirmos e ajudarmos esses “náufragos”. Se não por questões ecológicas, simplesmente por solidariedade.
E o Centro de Recuperação de Fauna Silvestre da Universidade Estácio de Sá (RJ) está recebendo e tratando os pinguins resgatados. No entanto, eles estão precisando da sua ajuda.
Por já estar com superlotação de pinguins, estão necessitando com urgência de alimento (peixes) e outras coisas.
Para mais informações sobre como proceder ao encontrar um pinguim e quem contatar para resgate e transporte das aves, acesse o Blog da Gerência de Fauna da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea/RJ).
Informações importantes:
1 - Nunca leve um pinguim para sua casa. É um animal selvagem que pode bicá-lo e transmitir doenças.
2 - Se for transportá-lo, jamais o coloque no gelo. Ele precisa ser aquecido e alimentado, pois normalmente está desidratado e com hipotermia."

Comentários

  1. Boas galera,
    estou a trabalhar num projecto sobre o mundo subaquático. Se quiserem saber mais sobre os pinguins e sobre qualquer outra espécie marinha visitem o projecto http://skaphandrus.com

    Link para a página de pinguins:
    http://skaphandrus.com/en/marine_species/info/species/Pygoscelis_adeliae

    Tenham um resto de bom dia!

    Com os melhores cumprimentos Hugo Costa

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