Só Tecnologia Não Basta



Computador, ‘tablet’, redes sociais e até ‘smartphone’ podem ser usados em sala de aula. Mas, além de dominar a técnica, pais e professores precisam saber usá-los pedagogicamente, diz psicólogo.


Matéria instigante saiu na coluna Alô, Professor da Ciência Hoje On-Line em 14 de fevereiro deste ano. O artigo assinado por Célio Yano ressalta que, desde que os computadores pessoais começaram a se popularizar, na década de 1990, criou-se a expectativa de que a educação iria passar por uma revolução digital. No entanto, conforme diz o autor do artigo, não só não houve grandes mudanças, como há quem acredite que novas tecnologias, pelo contrário, dificultem o processo de aprendizado por parte dos estudantes. A seguir, passo a reproduzir um trecho da matéria.

"Para o psicólogo Luis Fernando Vílchez Martin, da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha, o problema é que as ferramentas não têm sido usadas de modo adequado do ponto de vista pedagógico. Doutor em filosofia, Martin é autor de vários livros sobre educação e esteve recentemente no Brasil para participar de um simpósio internacional de neurociências, realizado em Curitiba.
'As tecnologias podem ajudar, mas por si só não solucionam nada', resume o psicólogo, que foi membro do Conselho de Administração do Centro Consultor da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). 'É preciso saber usá-las pedagogicamente, e não só tecnicamente.'
Ele critica, por exemplo, professores que apresentam o conteúdo de suas aulas em arquivos de PowerPoint (programa de apresentação de slides) como se a técnica tornasse o aprendizado mais produtivo. 'Se uma nova tecnologia apenas reproduz um método antigo, não há avanço', diz. 'Se servir para potencializar novas formas de pensamento, teremos dado um passo.'
Martin prefere não citar exemplos específicos de métodos que empreguem novas tecnologias de modo pedagógico, uma vez que cada turma demandará métodos diferentes. “Há como trabalhar de forma produtiva aspectos linguísticos, musicais e matemáticos com crianças e adolescentes de qualquer idade.”
Estudo recente feito por Martin revela que aparelhos celulares ditos inteligentes, também chamados de smartphones, têm gerado comportamento obsessivo-compulsivo em crianças. É preciso, segundo ele, haver normas quanto ao tempo de uso e idade adequada para se ter um dispositivo como esse. 'Essa é uma responsabilidade tanto da família quanto da escola', defende.
De certo modo, acredita Martin, redes sociais, tablets e até smartphones podem ser usados por crianças e adolescentes de forma proveitosa. 'O fato de um estudante poder hoje se comunicar a distância com seus professores é algo bastante útil', exemplifica."
Leia o artigo na íntegra na Ciência Hoje On-Line

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