Microscopia de Expansão

Cientistas do MIT desenvolveram uma técnica de microscopia que permite a visualização de células em escala quase molecular. Na foto vemos a imagem de  neurônios do hipocampo do cérebro de um camundongo tiradas com a nova técnica, batizada de microscopia de expansão.

Deu no New YorkTimes e a Folha reproduziu a notícia: " Nova técnica laboratorial permite visualização de células em escala quase molecular". A nova técnica, batizada de microscopia de expansão, por pesquisadores do  Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), permite a observação de minúsculas características biológicas, como neurônios e sinapses, em escala quase molecular, usando microscópios convencionais.

Em um artigo publicado recentemente pela revista Science, os pesquisadores do MIT relataram como conseguiram aumentar em cinco vezes o tamanho físico de células e tecidos, mas preservando a sua estrutura. Nas últimas décadas, os cientistas têm se esforçado para o ultrapassar o limite da capacidade  máxima de resolução dos microscópios convencionais que é de 200 nanômetros ( um fio de cabelo é 500 vezes mais largo que isso).
Com a chamada microscopia de expansão, Edward Boyden, do Centro de Engenharia Neurobiológica do MIT, e seus colegas, conseguiram com um microscópio óptico, observar estruturas que medem originalmente apenas 70 nanômetros, em células e tecidos cerebrais cultivados em laboratório. A nova técnica permitiu que os cientistas examinassem circuitos neurais, descobrindo novas conexões locais no cérebro e e melhorando a compreensão sobre redes maiores.
Além disso tudo, eles também foram capazes de produzir animações de altíssima resolução nas quais o espectador parece "voar" através de uma imagem tridimensional do hipocampo do cérebro de um rato.
Segundo Boyden, a ideia surgiu a partir de uma brincadeira, após ele e dois pós-graduandos perceberem que era viável a utilização de polímeros de géis "inteligentes" ( desses usados em fraldas e que são capazes de absorver de 200 a 300 vezes a sua massa em água) para inchar tecidos biológicos. Os pesquisadores aplicam um corante fluorescente à amostra. Em seguida, inserem no tecido pequenos pedaços que formam o polímero. O tecido então é quimicamente "picado" para poder ser aumentado com água. O tecido se expande, realçando magnificamente as estruturas coradas.
A microscopia de expansão poderá no futuro permitir que os cientista criem modelos tridimensionais de áreas do cérebro de animais, possibilitando o mapeamento dos processos biológicos de uma região para outra. O método pode ainda revelar a estrutura das proteínas individuais, detalhes estruturais dentro das células e outras funções biológicas em um quase detalhamento molecular.

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