Quando as Serpentes Perderam as Pernas

Parece que os cientistas finalmente descobriram a explicação para a perda dos membros das cobras e serpentes. Ao contrário do que foi sugerido anteriormente, que as serpentes perderam os seus membros a fim de viver no mar, as comparações feitas com tomografia computadorizada de um fóssil e répteis modernos indicam que as serpentes perderam suas pernas quando seus ancestrais evoluíram para viver e caçar em tocas, como muitas serpentes ainda fazem até hoje. 

Certamente vocês já ouviram a expressão "mais escondido que pé de cobra". De fato, se formos levar em conta o estágio atual de desenvolvimento das serpentes, jamais veremos o pé de uma cobra, pois esses animais perderam os seus membros em um passado muito longínquo. Agora, se considerarmos a história evolutiva dos répteis, há muito o que se estudar para entendermos o motivo pelo qual as serpentes perderam suas pernas.
Mas parece que agora esse enigma evolutivo foi desvendado. Após analisar um crânio de 90 milhões de anos com os recursos modernos da tomografia computadorizada, os cientistas finalmente descobriram a explicação para a perda dos membros das cobras e serpentes. Ao contrário do que foi sugerido anteriormente, que as serpentes perderam os seus membros a fim de viver no mar, as comparações feitas com tomografia computadorizada do fóssil e répteis modernos indicam que as serpentes perderam suas pernas quando seus ancestrais evoluíram para viver e caçar em tocas, que muitas serpentes ainda fazem até hoje. 
Os cientistas examinaram o osso do ouvido interno de Dinilysia patagonica, um réptil de 2 metros de comprimento intimamente ligado à serpentes modernas. Estes canais ósseos e cavidades, assim como aqueles nos ouvidos de serpentes escavadores modernas, são responsáveis por controlar a sua audição e equilíbrio.
Eles construíram modelos virtuais 3D para comparar os ouvidos internos dos fósseis com os de lagartos e serpentes modernas. Os pesquisadores descobriram uma estrutura distinta dentro ouvido interno de animais que escavam ativamente, o que pode ajudá-los a detectar presas e predadores. Esta forma não estava presente em serpentes modernas que vivem na água ou acima do solo.
As descobertas ajudam os cientistas a preencher lacunas na história da evolução das serpentes, e confirmam Dinilysia patagonica como a maior serpente cavadora já conhecida. Eles também oferecem pistas sobre um hipotético espécie ancestral do qual todas as cobras modernas descendentes, e que provável era um cavadora.
O estudo, publicado na Science Advances, foi apoiada pela Royal Society.
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