O Incrível Homem Que Calculava

O professor e engenheiro carioca Júlio César de Mello e Souza (1895-1974) escreveu, sob o pseudônimo Malba Tahan, várias obras que o consagraram como um dos pais da etnomatemática, ciência que estuda a forma como a matemática é usada por diferentes culturas e etnias. O Homem que Calculava (1938), seu maior sucesso, tornou-se um clássico da literatura infanto-juvenil e é lido até hoje, estando na sua 80ª edição. Por meio do raciocínio do jovem calculista Beremiz, o livro apresenta uma matemática sem fórmulas, mostrando que a disciplina não é um conjunto de fórmulas decoradas e que o conhecimento pode solucionar questões do dia a dia.

O professor e engenheiro carioca Júlio César de Mello e Souza (1895-1974) escreveu, sob o pseudônimo Malba Tahan, várias obras que o consagraram como pioneiro da difusão da educação matemática no país, sendo considerado um dos pais da etnomatemática, ciência que estuda a forma como a matemática é usada por diferentes culturas e etnias.  Por meio da fantasia e do encantamento das lendas árabes, o autor difundiu o gosto e a curiosidade pelo mundo da matemática. O Homem que Calculava (1938), seu maior sucesso, tornou-se um clássico da literatura infanto-juvenil e é lido até hoje, estando na sua 80ª edição. 
O livro, premiado pela Academia Brasileira de Letras, conta a história de Beremiz, jovem calculista persa que descobre uma enorme habilidade matemática ao pastorear ovelhas e calcular folhas de árvores. Ao encontrar o bagdali Hank Tade-Maiá, o narrador da história que se passa no século XIII, eles iniciam uma viagem de Samarra a Bagdá. Ao longo da jornada, Beremiz vai conhecendo pessoas e lugares e solucionado diversas situações por meio de suas habilidades matemáticas: a partilha de 35 camelos por 3 herdeiros, a divisão de 21 vasos com conteúdos diferentes por 3 sócios, dentre outras questões. 
O protagonista encontra muitas pessoas importantes e a todos impressiona com sua inteligência e a forma prática e simples de resolver questões relacionadas à matemática. Chegando a Bagdá, Beremiz cai nas boas graças do Califa e também se torna professor de matemática da jovem Telassim, cujo rosto ele não pode ver. Mesmo assim se apaixonam. 
Após vencer brilhantemente um desafio proposto por sete sábios, Beremiz diz ao califa que deseja casar-se com Telassim. Para isso, é submetido a um último desafio: decifrar a cor dos olhos de um grupo de escravas, apenas ouvindo as suas declarações, que poderiam ser verdadeiras ou não. 
Vencido o desafio, Beremiz se casa com Telassim, que já era cristã, e converte-se também ao cristianismo. Faz questão, no entanto, de ser batizado por um bispo que conhecesse a teoria de Euclides. Beremiz e Telassim vão morar em Constantinopla e têm três filhos.
A narrativa das peripécias matemáticas do jovem Beremiz, dentro da paisagem do mundo islâmico medieval, inclui, ainda, lendas e histórias pitorescas, como, por exemplo, a lenda da origem do jogo de xadrez e a história da filósofa e matemática Hipátia de Alexandria. Sem ser um livro didático, . Por isso, o livro é indicado como um livro paradidático em vários países, tendo sido citado na Revista Book Report e em várias publicações do gênero.
Apesar de não ser um livro didático, tem, contudo, uma forte tonalidade moralista, sendo muito recomendado nas escolas pela forma como apresenta a matemática. O autor busca colocar a disciplina de forma divertida e lúdica, incentivando uma nova maneira de pensar o aprendizado. Como professor de matemática, o escritor Júlio César conhecia bem as necessidades dos alunos e acreditava que o ensino podia ser mais agradável para o estudante.
O livro apresenta uma matemática sem fórmulas, baseada no raciocínio do protagonista Beremiz. O Homem que Calculava mostra, com isso, que a disciplina não é um conjunto de fórmulas decoradas e que o conhecimento pode solucionar questões do dia a dia.
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