A Primeira Transfusão de Sangue da História

Em 15 de junho de 1667, o médico francês Jean-Baptiste Denys realizou a primeira transfusão de sangue na história, embora algumas fontes atribuam a façanha ao inglês William Lower, que já fazia transfusões de sangue em animais. O beneficiário da transfusão foi um menino de 15 anos que havia sofrido sangramento excessivo provocado por sanguessugas. Mesmo a transfusão tendo sido feita com sangue de ovelha, o jovem conseguiu sobreviver. Naquela época, a ciência não estava ciente dos perigos da transfusão de sangue entre as espécies ou da existência de diferentes grupos sanguíneos.


Há mais de 350 anos, em 15 de junho de 1667, o médico de cabeceira de Luís XIV, o francês Jean-Baptiste Denys realizou a primeira transfusão de sangue na história, embora algumas fontes atribuam a façanha ao inglês William Lower, que já fazia transfusões de sangue em animais. O beneficiário da transfusão foi um menino de 15 anos que havia sofrido sangramento excessivo provocado por sanguessugas. Mesmo a transfusão tendo sido feita com sangue de ovelha, o jovem conseguiu sobreviver. Naquela época, a ciência não estava ciente dos perigos da transfusão de sangue entre as espécies ou da existência de diferentes grupos sanguíneos.
Em uma outra tentativa, Jean Baptiste Denis, por meio de um tubo de prata, infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava pelas ruas da cidade que faleceu após a terceira transfusão. Na época, as transfusões eram heterólogas (entre espécies diferentes) e Denis defendia sua prática argumentando que o sangue de animais estaria menos contaminado de vícios e paixões. Esta prática era considerada criminosa e proibida inicialmente pela Faculdade de Medicina de Paris, posteriormente em Roma e na Royal Society, da Inglaterra.
Antes disso, um relato de uma transfusão sanguínea mal-sucedida foi descrita no século XV pelo escritor italiano Stefano Infessura. O relato, de 1492, informava que o Papa Inocêncio VIII estava em coma. Foi então infundido o sangue de três meninos no pontífice agonizante (por via oral, uma vez que o conceito de circulação e os métodos de acesso intravenoso ainda não existiam na época) por sugestão de um médico. Os meninos tinham 10 anos de idade e a eles foi prometido um ducado para cada um. Entretanto, o Papa e os meninos morreram. Alguns autores não dão credito ao relato de Infessura, acusando-o de antipapismo
Assim, as transfusões de sangue seguintes a Denis não foram tão bem sucedidas e logo a prática foi rejeitada, o que não foi retomado até que em 1902 o imunologista austríaco Karl Landsteiner descobriu os quatro grupos sanguíneos. Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais tarde a AB. Como consequência dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam reações desastrosas, culminado com a morte do receptor.
A primeira transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber, porém este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
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