Divulgação Científica Sem Preconceitos


Na Espanha, um aluno de doutorado que faz pesquisas com grafeno encarna nas redes sociais um personagem drag queen chamada Sassy Science com o intuito de divulgar suas pesquisas e denunciar a discriminação que sofrem as mulheres jovens, pessoas racializadas e grupos LGBT + nas disciplinas conhecidas pelo acrônimo STEM, que incluem a ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Além disso, exibe em seu canal no Youtube, videos sobre a vida e o trabalho de mulheres cientistas como Rosalind Franklin, Ada Lovelace e Marie Curie.


O nome dele é Mario Peláez, um aluno de doutorado do Instituto de Nanociência de Aragón (Espanha), que é apaixonado pelo grafeno. Porém, nas redes sociais ele gosta de ser conhecido pelo seu personagem Sassy Science, a primeira divulgadora da ciência da drag queen do mundo. 
Peláez é único em sua maneira de compartilhar conhecimento. Ele se veste de drag queen para divulgar sua pesquisa e denunciar a discriminação de mulheres, pessoas racializadas e coletivo LGBT + nos laboratórios. Seu projeto de extensão drag queen surgiu no treinamento que recebeu na oficina de comunicação chamada "Enabling Excellence", uma rede internacional de treinamento que recebe projetos de 13 estudantes de doutorado em nanociência e nanotecnologia, financiados pela União Europeia. O seu projeto foi apresentado em parceria no congresso bienal do Fórum Aberto da Euroscience (ESOF, na sigla em inglês).
Além do jaleco de cientista, Peláez quando se traveste de Sissy Science usa uma coroa e colar que representam a estrutura atômica do grafeno, considerado o material do futuro por suas propriedades promissoras.
O compromisso de Mario nas redes sociais é divulgar a ciência e denunciar a discriminação que sofrem as mulheres jovens, pessoas racializadas e grupos LGBT + nas disciplinas conhecidas pelo acrônimo STEM, que incluem a ciência, tecnologia, engenharia e matemática. 
Por enquanto, ele tem um perfil no Instagram e um canal no YouTube , onde ele já começou a postar alguns vídeos sobre as "divas", como ele se refere às cientistas atuais e históricas que não possuem visibilidade no universo científico dominado por homens.
Já estão disponíveis os vídeos sobre a química Rosalind Frankin e a física Lise Metiner no seu canal do YouTube. Ele diz que também quer produzir vídeos sobre Ada Lovelace e Marie Curie, embora admita com humor que a cientista polonesa "daria um especial". 
Para Peláez, a caracterização serve como um meio de disseminar a ciência sem complexos ou preconceitos. "Eu faço isso a partir de um enorme respeito pela cultura drag , que tem sido a força motriz do ativismo e da luta LGBT +"
Mario não tem medo da performance vir a eclipsar a própria ciência: "A comunicação científica é para as pessoas se interessarem por ela, não para que adquiram o conhecimento de um Mestre em Física, diz o estudante.
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