Tem Biofísica No Estudo dos Sapos


Usando equações biofísicas, pesquisadores brasileiros, em parceria com estrangeiros, realizaram uma pesquisa que propõe uma explicação para prever o tamanho corporal de anfíbios ao longo de suas distribuições, ou seja, prever o tamanho que os sapos terão dependendo da área geográfica em que se encontram. Os anfíbios são animais de pele extremamente fina e permeável, e, por isso, perdem água muito facilmente para o ambiente. a perda de água pode ocorrer por evaporação, por condução (contato com uma superfície), ou por convecção (perda de água para um ambiente mais quente).
Como existem sapos dos mais variados tamanhos e formas e isso pode influenciar nessa perda de água, pois, dependendo, de seu tamanho, eles podem armazenar mais ou menos água para desempenhar suas funções fisiológicas.




No início do ano, pesquisadores brasileiros, em parceria com estrangeiros, publicaram um artigo na revista “The American Naturalist” que propõe uma explicação para prever o tamanho corporal de anfíbios anuros ao longo de suas distribuições, ou seja, prever o tamanho que os sapos terão dependendo da área geográfica em que se encontram. Para isso, eles recorreram à biofísica, um campo que estuda processos físicos, bioquímicos e fisioquímicos nos seres vivos.
Aplicando modelagem matemática, os autores da pesquisa usaram de algumas variáveis para montar uma equação, a fim de descobrir a taxa de evaporação da água por unidade da massa corporal (mₑ). Isso quer dizer que a equação ajuda a descobrir quanto o animal perderá de água por grama do seu peso. A equação é assim:



m˙e=AMΔρRt(1)


Onde:
O “A” é a área da pele do animal que está em contato direto com o ar
O “M” representa a massa do animal.
O “∆ρ” é a diferença entre o vapor d’água presente no ar e na pele do animal.
Por fim, o “Rt” indica a resistência do animal à perda de água por evaporação, que é testada em laboratório.

Os anfíbios são animais de pele extremamente fina e permeável, e, por isso, perdem água muito facilmente para o ambiente. O motivo é que esses animais respiram e realizam funções de regulação de água e sais pela pele. Dessa forma, a perda de água pode ocorrer por evaporação, por condução (contato com uma superfície), ou por convecção (perda de água para um ambiente mais quente).
Como existem sapos dos mais variados tamanhos e formas e isso pode influenciar nessa perda de água, pois, dependendo, de seu tamanho, eles podem armazenar mais ou menos água para desempenhar suas funções fisiológicas.
Assim como, dependendo das condições climáticas que vivem, isso pode influenciar na perda de água. Os sapos vivem em diversos tipos de ambientes, que podem ser quentes, frios, úmidos e secos.
Quando aplicada aos anfíbios, a hipótese da conservação de água postula que quanto maior o tamanho corporal, menor é a perda de água evaporativa (EWL) ao longo de gradientes de desidratação. Para abordar essa hipótese mecanisticamente, os pesquisadores usaram equações biofísicas bem estabelecidas de trocas de água em anuros e propuseram um modelo de transição de estados que prediz um aumento no tamanho corporal ou na resistência à EWL como especializações alternativas ao longo de gradientes de desidratação. Segundo o artigo, o modelo prediz que as espécies para as quais a economia de água é mais sensível à variação no tamanho corporal do que à variação na resistência a EWL deve aumentar em tamanho em resposta a um aumento na evapotranspiração potencial (PET). Para avaliar as predições do modelo, os cientistas combinaram medidas fisiológicas de resistência à EWL com dados geográficos de tamanho corporal para quatro espécies de anuros:  Dendropsophus minutus e Boana faber (Hylidae), Physalaemus cuvieri (Leptodactylidae), Rhinella icterica (Bufonidae).
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