Não Existe Um "Gene Gay"


Um estudo publicado esta semana na revista Science concluiu que não há um gene homossexual, o que significa que a análise do DNA não pode levar a qualquer certeza sobre a preferência sexual de um ser humano. Os resultados apresentados nesse estudo devem servir para enterrar de vez a busca por um único gene relacionado á homossexualidade em humanos, algo já desacreditado há tempos na comunidade científica. Além do mais, essa pesquisa abrangente inviabiliza as tentativas de usar informações extraídas do DNA para identificar pessoas com preferências homossexuais ou a utilização de métodos biológicos para reverter tais preferências, simplesmente pelo fato de que elas dependem de fatores variados e complexos demais para serem modificados.

Um estudo publicado esta semana por pesquisadores das universidades de Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT) na revista Science, concluiu que não há um gene homossexual, o que significa que a análise do DNA não pode levar a qualquer certeza sobre a preferência sexual de um ser humano.
Realizado a partir do genoma da análise de 409 mil pessoas inscritas no projeto Biobank do Reino Unido e 68,5 mil registradas na empresa estadunidense de testes genéticos 23andMe, o estudo indica que há uma mistura de genes e fatores ambientais que aponta para a possibilidade de uma pessoa vir a ter interesse por alguém do mesmo sexo. A este dado juntou-se a coleta de informações sobre o estilo de vida, através de perguntas como: "Em algum momento já fez sexo com uma pessoa do mesmo sexo?" Apenas 3% a 6% dos inquiridos responderam afirmativamente.
Todos os dados foram analisados, numa investigação 100 vezes maior do que os estudos anteriores sobre este tópico. As conclusões dos cientistas assinalam, assim, que não há uma resposta taxativa sobre a influência da natureza ou da criação na preferência homossexual.
A pesquisa se concentrou na determinação de certas variantes presentes na mole´cula de DNA conhecidas como SNPs (sigla inglesa para polimorfismo de nucleotídeo único). Apesar de terem sido detectados milhares de porções genotípicas relacionadas com o comportamento homossexual, estas têm manifestações muito reduzidas. Cinco destas marcas genéticas foram "significativamente" associadas à escolha de parceiros do mesmo sexo, de acordo com os pesquisadores, mas mesmo esta parte do genoma não pode fazer prever a homossexualidade de um ser humano.
Este "pequeníssimo efeito" contribui para menos de 1% da tendência sexual de uma pessoa. Ou seja, o que este estudo assinala de mais relevante é que fatores como o ambiente envolvente, a educação e a personalidade têm um peso muito mais significativo na escolha de um parceiro sexual.
Os resultados apresentados nesse estudo devem servir para enterrar de vez a busca por um único gene relacionado á homossexualidade em humanos, algo já desacreditado há tempos na comunidade científica. Além do mais, essa pesquisa abrangente inviabiliza as tentativas de usar informações extraídas do DNA para identificar pessoas com preferências homossexuais ou a utilização de métodos biológicos para reverter tais preferências, simplesmente pelo fato de que elas dependem de fatores variados e complexos demais para serem modificados.
Apesar de todo alarde na imprensa mundial, os autores da pesquisa destacam que o estudo tem uma série de limitações importantes, sendo a principal delas a falta de diversidade étnica na amostragem (os dados, em sua maioria, vieram de populações de origem europeia). Uma outra limitação apontada pelos cientista é a de que os doadores de DNA são, em geral, pessoas com idade média acima dos 40 anos, Esse fato pode ter contribuído para diminuir a probabilidade de que elas relatassem experiências homoafetivas, por terem crescido em ambientes menos abertos a esse tipo de relacionamento.
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