Lula Lá Nas Alturas

Um total de 128 filhotes de lula com cerca de 3 milímetros foram enviadas à Estação Espacial Internacional para que os pesquisadores do laboratório orbital possam estudar nas condições de microgravidade a simbiose entre esses moluscos e as bactérias luminescentes que vivem em seu interior. A partir desses estudos, os pesquisadores pretendem identificar maneiras de proteger e aprimorar essas relações no sistema intestinal e imunológico humano – tanto de astronautas quanto de quem está na Terra. 


A SpaceX, espaçonave da empresa de transporte espacial do bilionário Elon Musk, partiu na semana passada do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida (EUA), transportando  128 filhotes de lula da espécie Euprymna scolopes a bordo. Além dos moluscos, a espaçonave também levou rumo à Estação Espacial Internacional, cinco mil tardígrados, animais minúsculos conhecidos como os mais resistentes do planeta. Esses seres são capazes de suportar temperaturas extremas de frio e calor, sobreviver a níveis intensos de radiação e resistir tranquilamente a vida no vácuo espacial (saiba mais sobre os tardígrados clicando aqui)
As lulas enviadas ao espaço medem apenas 3 milímetros de comprimento e brilham no escuro graças a algumas bactérias que vivem em seu organismo. Os animais ficarão congelados durante a ida e a volta da viagem e  poderão servir  de modelo para os cientistas da Estação Espacial estudarem as relações simbióticas entre as lulas e as bactérias.
"O animal nasce sem essas bactérias, mas as adquire do oceano ao seu redor. As 128 lulas enviadas ao espaço ainda são bebês, então não possuem as bactérias. A ideia dos pesquisadores é adicioná-las às lula quando forem descongeladas na Estação Espacial. Assim, será possível observar as lulas à medida que se relacionam com as bactérias, e verificar se o voo espacial altera essa interação. Compreendendo a interação entre microrganismos e tecidos animais, os pesquisadores pretendem identificar maneiras de proteger e aprimorar essas relações no sistema intestinal e imunológico humano – tanto de astronautas quanto de quem está na Terra", diz a matéria publicada essa semana na revista Superinteressante
No laboratório orbital, os astronautas supervisionam os experimentos e transmitem as novidades aos cientistas na superfície terrestre. O objetivo desses projetos é compreender como a vida se comporta em microgravidade para melhorar a qualidade de vida dos astronautas – e também entender melhor a própria vida na Terra. 
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