Golfinhos Espiões



    Golfinhos treinados para patrulhar a Baía de Sebastopol, ponto estratégico da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, não são novidades na história dos conflitos bélicos entre as nações. Desde a segunda metade do século 20 que potências como os Estados Unidos, Rússia e Ucrânia recrutam golfinhos em suas fileiras militares. Graças à sua habilidade natural de ecolocalização, esses cetáceos são utilizados desde a Segunda Guerra Mundial para encontrar minas submarinas e localizar objetos estranhos na água, como veículos de espionagem operados remotamente e mergulhadores inimigos.


  • Imagens de satélite mostram, no litoral da Crimeia, instalações com cercados que abrigam golfinhos treinados pra uso militar. As informações são do Instituto Naval dos EUA (USNI), e dão conta de que dois cercados flutuantes cheios de golfinhos foram colocados na entrada do porto de Sebastopol, base naval mais importante da Rússia no Mar Negro. Conforme noticiado em reportagem do G1, os cetáceos são usados para vigiar a entrada da Baía de Sebastopol. Dotados de sonares superprecisos, os golfinhos conseguem localizar mergulhadores que poderiam estar armando alguma sabotagem contra as forças russas.

  • Como os animais não têm a capacidade de distinguir se o mergulhador é amigo ou inimigo, o que eles fazem, então, é prender um balão flutuante no mergulhador. Quando o suspeito começa a boiar, tropas russas se aproximam, de barco, para ver do que se trata. Se for inimigo, podem levar preso ou matar ali mesmo.

  • O uso de golfinhos e outros mamíferos como arma de guerra não é um fato recente. Desde a segunda metade do século 20 que potências como os Estados Unidos, Rússia e Ucrânia recrutam golfinhos em suas fileiras militares.

  • Os golfinhos foram escolhidos para essa árdua missão porque têm sonar natural, que usam enquanto navegam pelo oceano. Chamada de ecolocalização, a habilidade natural dos golfinhos é tão precisa que pode determinar a diferença entre uma bola de golfe e uma de pingue-pongue com base apenas na densidade.
    O interesse nos golfinhos com finalidade bélica iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial. Em virtude da sua forma e velocidade hidrodinâmicas, os golfinhos eram vistos como bons modelos físicos para ajudar os torpedos a serem mais eficientes no design.
    A Marinha dos Estados Unidos foi a primeira a perceber que poderia treinar golfinhos para detectar o que os militares consideravam ameaças, e ensinaram os animais a encontrar minas submarinas e a localizar objetos estranhos na água, como veículos de espionagem operados remotamente e mergulhadores inimigos.
    Os animais se tornaram ativos valiosos no sistema de defesa do país. Suas habilidades se encaixam bem em tarefas de segurança, incluindo o patrulhamento de portos, que agora parece acontecer em Sebastopol.
    Hoje, há cerca de 80 golfinhos fazendo parte do programa da marinha americana, com as últimas capturas ocorrendo em 1989.
    Por outro lado, especialistas afirmam que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia está causando a morte de golfinhos da espécie Delphinus delphis no Mar Negro. O aumento da poluição sonora causado por cerca de 20 navios da marinha russa e atividades militares em andamento, pode estar levando os cetáceos para o sul, para as costas turca e búlgara, onde estão encalham ou são capturados em redes de pesca em números incomumente altos.

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