"Desextinção"?
Botânicos de várias instituições mundiais apostam na ciência da "desextinção" como uma possibilidade de reviver mais de 360 espécies de plantas atualmente consideradas extintas. Muitas plantas se reproduzem por sementes que têm potencial para germinar por décadas ou mesmo séculos. Isso levanta a possibilidade de reviver plantas extintas cujas sementes são preservadas em coleções de história natural, principalmente em herbários ao redor do mundo. Mais de 60 herbários em todo o mundo preservam sementes viáveis de cerca de 160 plantas extintas.
Um grupo internacional de pesquisadores realizou um estudo complexo sobre a possibilidade de reviver mais de 360 espécies de plantas atualmente consideradas extintas. Embora muitas delas estejam perdidas para sempre, algumas ainda podem ser recuperadas. É a chamada ciência da "desextinção" que visa desenvolver o conhecimento e os métodos para trazer espécies extintas de volta à vida. Cerca de 32 instituições participaram da pesquisa, incluindo o Real Jardim Botânico (RJB) de Madri (Espanha) e o Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Muitas plantas se reproduzem por sementes que têm potencial para germinar por décadas ou mesmo séculos. Isso levanta a possibilidade de reviver plantas extintas cujas sementes são preservadas em coleções de história natural, principalmente em herbários. Mais de 60 herbários em todo o mundo preservam sementes viáveis de cerca de 160 plantas consideradas extintas.
Para elaborar essa lista de plantas candidatas a serem 'ressuscitadas', os cientistas levaram em conta critérios como a resistência de suas sementes ao armazenamento, a idade dos espécimes e a distinção evolutiva das espécies.
Entre as espécies aspirantes, encontram-se várias plantas da família das leguminosas (Fabaceae) onde se inclui a Astragalus endopterus, uma planta endémica dos Açores (Portugal). As suas sementes caracterizam-se por terem uma grande longevidade.
A equipe identificou inconsistências no estado de conservação registrado entre os principais bancos de dados internacionais. Dessa forma, eles descobriram que 15 espécies de plantas consideradas extintas não estão realmente extintas , pois são mantidas em jardins botânicos ou no próprio ambiente natural.
Os resultados dessa pesquisa, publicada na revista Nature Plants, têm implicações importantes para a conservação, fornecendo ferramentas para orientar o primeiro 'renascimento' possível de espécies de plantas extintas e para planejar ações de conservação, incluindo reintroduções de espécies altamente ameaçadas que foram declaradas extintas por engano.
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