Os Efeitos de uma Bomba Atômica Sobre os Seres Humanos


Quais as consequências de uma explosão nuclear para a humanidade? Quais são os efeitos da detonação de uma arma atômica sobre os seres humanos e sobre a natureza, de um modo geral? A detonação de uma bomba nuclear causa destruição maciça devido ao intenso calor, deslocamento de ar e radioatividade, bem como efeitos de longo prazo na saúde humana e no meio ambiente. As consequências imediatas incluem uma grande bola de fogo que aniquila tudo ao redor e uma onda de choque inicial capaz de danificar e derrubar prédios (Fonte da imagem)




Em 16 de julho de 1945, às 5h29min45, ocorreu a Experiência Trinity, o primeiro teste de arma nuclear da história, no deserto de Los Alamos, Novo México. Esse teste fazia parte do Projeto Manhattan, um projeto altamente secreto liderado pelo general Leslie Groves e pelo físico Julius Robert Oppenheimer (1904-1967), conhecido como o "pai da bomba atômica". O filme "Oppenheimer" (2023), dirigido por Christopher Nolan, aborda esse evento histórico.
A Experiência Trinity foi conduzida no deserto Jornada del Muerto, Novo México, supostamente um local isolado, mas, na verdade, milhares de pessoas estavam a até 64 km de distância, algumas a cerca de 19 km.
O artefato nuclear explodiu com uma energia equivalente a 19 kt de TNT, criando uma cratera de vidro radioativo com 3 m de profundidade e 330 m de diâmetro no deserto. A detonação iluminou as montanhas circundantes mais intensamente do que em um dia ensolarado por alguns segundos, gerando um calor intenso como o de um forno no acampamento-base. As cores observadas variaram de púrpura a verde e, por fim, a branco. A onda de choque levou 40 segundos para atingir os observadores e foi sentida a mais de 160 km, com o cogumelo atômico atingindo 12 km de altura.
A detonação dessa bomba nuclear causou destruição maciça devido ao intenso calor, deslocamento de ar e radioatividade, bem como efeitos de longo prazo na saúde humana e no meio ambiente. As consequências imediatas incluíram uma grande bola de fogo que aniquilou tudo na região e uma onda de choque inicial capaz de danificar e derrubar prédios.
As explosões das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, causaram a morte de aproximadamente 140.000 e 74.000 pessoas, respectivamente, com a maioria das vítimas sendo civis. Os efeitos a longo prazo incluíram problemas de saúde e danos ao meio ambiente devido à exposição à radiação, resultando em queimaduras, problemas respiratórios, perturbações mentais, deformidades físicas e câncer em milhares de pessoas. A exposição à radiação também acarretou problemas de saúde ao longo de gerações devido ao desenvolvimento de mutações genéticas em adultos, crianças, gestantes e fetos.
Em 1946, o poeta brasileiro Vinicius de Moraes (1913-1980) escreveu o poema "A Rosa de Hiroshima" como um protesto contra as explosões de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial. Os versos do poema foram posteriormente musicados e interpretados pelo grupo Secos e Molhados em 1973. O poema descreve os efeitos da radioatividade nas vítimas civis, especialmente nas crianças, retratando-as como "mudas telepáticas" e as "meninas cegas inexatas", aludindo às consequências da radioatividade nas gerações futuras.
O poema destaca a devastação causada pela bomba atômica, simbolizando-a como a "rosa de Hiroshima", uma herança radioativa estúpida e inválida, desprovida de cor e perfume, representando a tragédia e a destruição provocada por essa terrível arma.
Segue abaixo os versos do poema A Rosa de Hiroshima:

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

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