Abelhas Mumificadas


Pesquisadores europeus descobriram centenas de abelhas mumificadas dentro de seus casulos em um sítio paleontológico na costa sudoeste de Portugal. O bom estado de fossilização em que essas abelhas foram encontradas é um fenômeno extremamente raro, já que normalmente o esqueleto desses insetos se decompõe rapidamente. Graças ao magnífico grau de conservação dos insetos, a equipe de pesquisadores conseguiu determinar o tipo de abelha, seu sexo e até a contribuição do pólen deixado pela mãe quando criou o casulo.

 
Um novo sítio paleontológico em Odemira, na costa sudoeste de Portugal, revelou centenas de abelhas mumificadas dentro de seus casulos, datando de quase três mil anos atrás. A descoberta foi publicada na revista internacional Papers in Paleontology.
O estudo descreve abelhas em excepcional estado de conservação, prontas para deixar seus ninhos ou células, encontradas dentro de seus casulos. Além disso, suprimentos de pólen do tipo Brassicaceae também foram encontrados nos casulos, indicando que as abelhas tinham um gosto particular por uma única variedade monofloral.
O bom estado de fossilização das abelhas é extremamente raro, já que normalmente o esqueleto desses insetos se decompõe rapidamente. Graças ao magnífico grau de conservação, a equipe de pesquisadores conseguiu determinar o tipo de abelha, seu sexo e até a contribuição do pólen deixado pela mãe quando criou o casulo.
As abelhas são um dos grupos mais importantes de insetos polinizadores e incluem mais de 20.000 espécies. Cerca de três quartos de todas as espécies de abelhas selvagens nidificam no solo e passam grande parte do seu ciclo de vida no subsolo, facilitando a preservação das estruturas dos seus ninhos. No artigo publicado, os pesquisadores descrevem densas agregações de milhares de ninhos fósseis encontrados por metro quadrado no sudoeste de Portugal.
Embora a causa da morte dessas abelhas ainda seja um mistério, o esgotamento do oxigênio devido às inundações repentinas e a consequente queda das temperaturas durante a noite podem ser causas plausíveis. A costa sudoeste de Portugal viveu períodos ligeiramente mais frios e com maior precipitação no inverno durante o intervalo Neoglacial, condições climáticas favoráveis ​​ao estudo desses fósseis.
Para saber mais, clique nos links acima

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Mariposa da Morte

Ilustrações da Mitose

Sistemática Filogenética