Discalculia: Identificando o X do Problema

Muitos estudantes passam por sérios problemas ao longo de sua caminhada escolar, pois apresentam o transtorno da Matemática, que se denomina Discalculia. A Discalculia pode ou não estar associada a outra doença. As pessoas nessa situação possuem uma inteligência dentro da média, embora muitas vezes apresentem desigualdade em seus testes. A criança tem dificuldades de compreender  os números e seus conceitos , além de não conseguir dar seqüência à resolução de problemas, limitando-se a se fixar em números, ou seja, apenas nos símbolos. Além disso, o transtorno pode ser encarado como um problema  que invade o campo da percepção visual e leva a dificuldades na hora de resolver questões que envolvem raciocínio lógico. 
Os principais sinais da Discalculia são:
* Dificuldades com coisas relacionadas ao dia a dia, tal como observar um relógio analógico;
* Dificuldades em larga escala em se relacionar com os números, principalmente nas quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão);
* Difícil compreensão de direita e esquerda e entre dois números, na maioria das vezes não conseguindo distinguir o maior do menor;
* O senso de direção (norte, sul, leste e oeste) fica comprometido;
* Dificuldade em fazer contagens  numéricas durante o jogo, assim como assimilar e compreender um planejamento financeiro.

O professor é quem mais pode fazer diferença neste processo, pois passa uma boa parte do tempo com o estudante. A orientação é que , assim que suspeitar que seu aluno possa ser um discálculo, o encaminhe a um psicopedagogo, pois este profissional está habilitado a trabalhar com dificuldades de aprendizagem e lhe indicará, caso seja necessário, uma equipe multidisciplinar.
Concomitantemente, em sala de aula, o professor pode tentar algumas medidas para o bom desenvolvimento deste aluno. Lembre-se que cada um tem o seu tempo e, se respeitado, ele ficará mais confiante em relação à  tarefa que lhe é apresentada. Com isso, os enunciados das questões necessitam estar bem claros para que haja uma boa compreensão do que está sendo cobrado.
Levando em consideração que somos diferentes, aprendemos de forma diferente, deve se descobrir  a metodologia que melhor atenda o aluno discálculo, optando-se, de preferência, pelos modos  mais simples de passar a informação. Por mais que o tempo em sala de aula seja bastante corrido e que você tenha prazos a cumprir, saiba que neste momento você é peça fundamental na vida escolar deste aluno. Então pare e volte à matéria quantas vezes for necessário.

* Adaptado de matéria publicada no Jornal Appai Educar (ano 13, nº65, de 2010)

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