O Fim das Injeções Diárias de Insulina

Empresa israelense de iniciativa tecnológica em saúde criou um dispositivo, provido de células do pâncreas, capaz de suprir as necessidades diárias de insulina dos pacientes de diabetes tipo1, dispensando as aplicações de injeções 

Pesquisadores acreditam que uma nova tecnologia em saúde encapsulada e cultivada em células pancreáticas será capaz fornecer insulina suficiente para pacientes com diabetes tipo 1. O primeiro paciente do estudo clínico que corresponde a esta adaptação já recebeu o dispositivo, chamado de βAir Bio-Artificial Pancreas, produzida pela startup israelense Beta-O2. A Beta-O2 Technologies é uma companhia biomédica, com base em Tel Aviv focada em diabetes tipo 1. Fundada em 2004, o ßAir é o primeiro produto desta empresa de iniciativas tecnológicas.
No diabetes tipo 1, a produção de insulina pelo pâncreas é insuficiente, pois as células sofrem de uma destruição autoimune. Assim, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo os anticorpos atacarem as células que produzem este hormônio. A ocorrência é de 5 a 10% entre todos os casos de pacientes com diabetes e estes pacientes precisam de injeções diárias de insulina para que mantenham os valores de glicose no sangue. O diabetes tipo 1, embora ocorra em qualquer idade, é mais comum ser diagnosticado em crianças, adolescentes ou adultos jovens.
A empresa israelense de inovações espera que sua tecnologia em saúde supere os três principais obstáculos de um implante de pâncreas bio-artificial: evitar rejeição sem uso de drogas imunossupressoras, providenciar oxigênio suficiente para as células pancreáticas continuarem funcionando bem e oferecer quantidades suficientes de insulina para o paciente.
Cada um dos dispositivo parece ter 400 mil células beta e é esperado que isso seja uma quantidade suficiente para suprir todas as necessidades de insulina do paciente, apesar de um pâncreas normal ter cerca de um milhão de células (foto).
Com essa tecnologia em saúde, há uma sensibilidade aos níveis de glicose e o dispositivo pode produzir insulina e glucagon por demanda. Ele mede 68x18 mm e os pacientes que participarem do teste devem fazer check-ups mensais por 180 dias. Depois disso, o dispositivo será retirado e o paciente será monitorado por mais 180 dias.
Os pacientes precisam injetar oxigênio no dispositivo por meio de um sistema que faz o cálculo do oxigênio necessário.

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