Os Microfósseis e a Exploração do Petróleo

Os microfósseis são extremamente importantes na exploração do petróleo e gás porque através deles pode-se descobrir como era o ambiente em que a rocha foi formada e se a mesma era favorável ou não, para geração e armazenamento de hidrocarbonetos (petróleo e gás são quimicamente classificados como hidrocarbonetos). E identificar a idade de uma rocha para saber se é possível ou na haver hidrocarbonetos ali.


Os fósseis possuem vital importância no estudo da evolução dos seres vivos, no estabelecimento de biozoneamentos, em estudos ligados à prospecção de petróleo e ainda em reconstituições paleoambientais e paleogeográficas. No Brasil, é expressiva a variedade e quantidade de fósseis encontrados nas diversas bacias sedimentares, desde o Paleozóico até o Cenozóico. O Brasil possui 31 bacias sedimentares. Dessas, umas 20 são petrolíferas e têm potencial para novas descobertas. Até hoje, só há conhecimento pleno de seis ou sete delas.
Os microfósseis são extremamente importantes na exploração do petróleo e gás porque através deles pode-se descobrir como era o ambiente em que a rocha foi formada e se a mesma era favorável ou não, para geração e armazenamento de hidrocarbonetos ( petróleo e gás são quimicamente classificados como hidrocarbonetos). E identificar a idade de uma rocha para saber se é possível ou na haver hidrocarbonetos ali. 
Quando se estuda um fóssil, ela, na verdade, se está analisando um animal ou planta que viveu em um passado geológico, há milhares ou milhões de anos. Nesse passado geológico existiram – e foram extintos – grandes animais, como dinossauros, e pequenos organismos invisíveis a olho nu. Hoje, quando você mergulha no oceano, no mar, há microrganismos que você não percebe, mas que estão lá, em qualquer centímetro cúbico de rocha. Quando uma companhia de petróleo faz perfurações em grandes profundidades, ela precisa saber as idades das rochas no fundo do mar. Para chegar a esse resultado, há uma série de metodologias. Uma delas é justamente o estudo dos microfósseis. Geralmente, são usados neste estudos microcrustáceos de até um milímetro de tamanho, chamados ostracodes, para datar a amostra e auxiliar nesse processo. 
O petróleo, está armazenado em rochas de determinadas idades, em camadas específicas. Além disso, a pesquisa permite a reconstituição do ambiente onde a rocha foi sedimentada. Assim, dá para saber se, naquele local, no passado geológico, havia um mar profundo ou raso, próximo ou distante da costa, com pouca lâmina d’água, muitos ou poucos nutrientes etc.. 
A companhia de petróleo extrai a amostra e a envia para o laboratório. No laboratório, a rocha é atacada quimicamente até quase virar pó. Nesse processo, o microrganismo se solta da matriz e é colhido com o auxílio de um pincel. Depois, é “fotografado” pelo microscópio eletrônico de varredura e identificado com o apoio da literatura existente. A partir dessas informações, descobrimos a idade com base em tabelas, escalas de tempo geológico
O principal meio de detecção de petróleo é através de atividades sísmicas, autorizadas sob licença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Além disso, há envolvimento de universidades e centros de pesquisa e são utilizadas sondas de perfuração, plataformas de produção, navios, submarinos, com recursos que movimentam toda a cadeia da indústria de energia.
Os foraminíferos planctônicos fazem parte de um grupo de microfósseis calcários encontrados no ambiente marinho, que têm sua ocorrência restringida por certas condições ecológicas da massa d'água onde vivem, tais como: temperatura, salinidade, profundidade da camada de mistura e disponibilidade de alimento. Como não se pode fazer medidas diretas destes parâmetros oceanográficos no passado, faz-se necessária a utilização de diversas "ferramentas" para inferir condições paleoambientais, sendo uma das mais importantes o estudo das assembleias de foraminíferos planctônicos. Quando se dispõe de um testemunho e se compila as informações micropaleontológicas e/ou geoquímicas obtidas ao longo do mesmo, também é possível determinar variações paleoclimáticas. Os foraminíferos planctônicos são ainda utilizados na determinação de zonas bioestratigráficas, atividade muito desenvolvida na indústria de petróleo.

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