Carl Sagan Tinha Razão: Somos Feitos de Matéria Estelar

Utilizando técnicas modernas de espectroscopia, astrônomos comprovaram a afirmação do astrônomo Carl Sagan (1934-1996) de que somos feitos de material estelar. Um catálogo com a medição da composição de 150 mil estrelas feito recentemente pelos cientistas demonstrou a presença dos elementos CHNOPS (carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre), constituintes essenciais de toda a matéria viva encontrada na Terra.

No início de 1980, o astrônomo Carl Sagan (1934-1996), provavelmente o maior divulgador científico de todos os tempos,  escreveu e narrou uma série de televisão de 13 partes chamada "Cosmos" que foi ao ar na PBS, uma rede de televisão estadunidense de caráter educativo-cultural. No programa, Sagan explicava muitos tópicos relacionados com a ciência, incluindo a história da Terra, evolução, a origem da vida e do sistema solar. Em um desses episódios, o astrônomo declarou que o nitrogênio em nosso DNA, o cálcio em nossos dentes, o ferro em nosso sangue, o carbono em nossas tortas de maçã foram feitos no interior de estrelas em colapso e que somos feitos de material estelar. Sua declaração resume o fato de que o carbono, nitrogênio e átomos de oxigênio em nossos corpos, bem como os átomos de todos os outros elementos pesados, foram criadas em gerações anteriores de estrelas mais 4,5 bilhões de anos atrás. Os seres humanos e todos os outros animais, bem como a maior parte da matéria na Terra contêm estes elementos, que são literalmente feitos de matéria estelar.

Após a elaboração de um catálogo com a medição dos elementos químicos de mais de 150 mil estrelas, a astronômos do Sloan Digital Sky Survey (SDSS) demonstraram recentemente que somos, de fato, constituídos de material estelar. O novo catálogo inclui todos os chamados elementos CHNOPS ( um acrônimo para os símbolos químicos dos elementos carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre), reconhecidos por ser os blocos de construção de toda a  matéria viva do planeta Terra.
Para a realização de tal estudo, os astrônomos do Novo México (EUA) utilizaram uma técnica conhecida como espectroscopia, em que se faz a medição dos espectros de cores emitidos pelas luzes de estrelas bastante longínquas de nossa galáxia, por meio de um aparelho chamado espectógrafo, além da utilização de potentíssimos telescópios.
De acordo com os conhecimentos científicos, "as primeiras estrelas nasceram por volta de 100 milhões de anos depois do big-bang (que aconteceu há 13,7 bilhões de anos), em condições bastante diferentes das que formam novas estrelas hoje. Foi a morte delas, no entanto, em eventos violentos e espetaculares, que abriu caminho para a formação de sistemas solares como o nosso. Nos primórdios do Universo só havia no espaço os elementos químicos hidrogênio e hélio. Foi o calor gerado pela explosão dessas primeiras estrelas, mais ou menos 1 bilhão de anos depois, que ajudou a produzir e espalhar os elementos necessários à vida: carbono, nitrogênio e oxigênio, além de ferro, fósforo etc. Essas explosões espetaculares de estrelas são conhecidas como supernovas. Elas ocorrem, por exemplo, quando estrelas enormes, com massa superior a 8 vezes a do nosso Sol, consomem todo o combustível em seu interior e ficam incapazes de se sustentar. Sem o suporte, a matéria de seu exterior acaba despencando em direção ao núcleo, e a estrela sofre um colapso. Isso provoca um aumento de temperatura e pressão e ela explode, lançando estilhaços de carbono, oxigênio etc."
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