A Iguana Que Foi Identificada Pela Primeira Vez Num Filme





A iguana-de-crista-de-Fiji (Brachylophus vitiensis) foi descoberta graças à observação de um cientista ao filme "A Lagoa Azul", de 1980, o que demonstra como elementos culturais podem levar a descobertas científicas.  A descoberta impulsionou iniciativas de conservação, especialmente após constatar-se que a espécie estava limitada a pequenas ilhas e vulnerável a espécies invasoras.


John Gibbons, herpetólogo respeitado da Universidade do Pacífico Sul, estava assistindo o filme A Lagoa Azul (The Blue Lagoon, 1980) casualmente quando notou algo curioso: as iguanas que apareciam em cena não pertenciam a nenhuma espécie já documentada pela ciência. Intrigado, ele que estava estudando a iguana-listrada-de-Fiji na época, partiu rumo à remota ilha de Nanuya Levu, em Fiji, onde o longa-metragem fora parcialmente filmado. Lá, confirmou a descoberta e batizou o animal de iguana-de-crista-de-Fiji. Enquanto o mundo via um romance tropical, estrelado por Brooke Shields e Christopher Atkins, ele via ciência em movimento. A descoberta impulsionou iniciativas de conservação, especialmente após constatar-se que a espécie estava limitada a pequenas ilhas e vulnerável a espécies invasoras.
Com sua pele verde-esmeralda e distintas manchas brancas, a iguana-de-crista-de-Fiji - também conhecida localmente como Samure ou Vokai - tornou-se uma das espécies mais valiosas do país e e um totem tradicional para o povo da Ilha Yadua. Endêmica das ilhas Fiji, a espécie está classificada pela IUCN como "em perigo crítico" de extinção desde 2012. Acredita-se que a espécie é parte da evolução de uma espécie de iguana que conseguiu chegar da América do Sul há 13 milhões de anos. O gênero Brachylophus (que inclui a B. vitiensis) é um dos poucos representantes das iguanas fora das Américas. A hipótese mais aceita é que os ancestrais dessas iguanas vieram da América do Sul há cerca de 30-40 milhões de anos, flutuando em vegetação à deriva atravessando o Pacífico. Essa migração improvável, mas possível, é sustentada por semelhanças genéticas e anatômicas com iguanas do Novo Mundo.
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