Crack Não É Droga, É Uma Arma Química

Quem ouve a Rádio Band News Fluminense FM 94,9 Mhz diariamente pelas manhãs já deve ter ouvido alguma vez o jornalista Ricardo Boechat proferir a seguinte frase, quando o assunto é consumo ou tráfico de drogas: "O crack não é uma droga como uma outra qualquer, minha gente; ela é uma arma química".
De fato, analisando a dimensão dos estragos que o uso desta substância vem causando país afora, as autoridades não deveriam tratar o problema do crack apenas do ponto de vista policial. É preciso se levar em conta os enormes prejuízos sociais advindos do consumo de pedras de crack nas grandes cidades. Em agosto de 2009, postei aqui no Biorritmo, sob o título de "Crack: Pedras que levam para o fundo do poço", uma reportagem interessante sobre os efeitos desta droga no organismo dos usuários e as dimensões sociais do problema. Devido à expansão desta droga nas grandes cidades brasileiras e os seus reflexos na sociedade brasileira, volto ao tema. Parece que se o Brasil não tratar logo de acabar com o crack, o crack pode vir a acabar com o Brasil. Vamos relembrar rapidamente as principais características desta droga:
O crack deriva da planta de coca, é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em cachimbos.
O surgimento do crack se deu no início da década de 80, o que possibilitou seu fumo foi a criação da base de coca batizada como livre.
O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Por ser estimulante, ocasiona dependência física e, posteriormente, a morte por sua terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco.
Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima.
A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.
Mais sobre o crack no Biorritmo: 
Oxi: uma nova droga mais barata e mais letal que o crack (15/05/2011)
Uma caravana contra o crack (31/11/2011)
Brasil fracassa no combate ao crack (08/12/2011)
Crack e criminalidade (15/01/2012)
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Comentários

  1. gostei muito do comentério.
    meu marido foi viciado nessa porcaria de crack..
    e isso fez com que nossa vida acabasse.
    hoje ele esta internado numa clínica pra dependentes químicos e tenho esperança que ele saia de lá bem..
    Laine*

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  2. Boa sorte a vc e ao seu marido. Que Deus o ilumine e que ele possa voltar para casa. Desejo felicidades ao casal!

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  3. temos que ir as ruas pedir providencia as autoridades só assim iremos começar combater esse grande destruidor de famílias.

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